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Rentabilidade das empresas desce face a 2018
Segundo o Banco de Portugal, no segundo trimestre, as empresas pioraram os indicadores de rentabilidade e de custos de financiamento. Por outro lado, a autonomia financeira melhorou.
Nas estatísticas das empresas da central de balanços divulgadas esta quarta-feira, 16 de outubro, a rentabilidade do ativo das empresas portuguesas foi de 7,7% tanto no primeiro como no segundo trimestre, e estes níveis são inferiores aos registados nos mesmos períodos de 2018.
"Em comparação com o final de 2018, a rendibilidade das empresas privadas decresceu nos setores das indústrias, da eletricidade, gás e água, do comércio e dos outros serviços. Os setores da construção, dos transportes e armazenagem e das sedes sociais apresentaram aumentos no mesmo período", descreve o BdP.
Também as empresas públicas apresentaram uma redução da rentabilidade, embora inferior. No primeiro semeste, a rentabilidade desceu 0,1 pontos percentuais, para 5,4% do PIB.
Comparando por dimensão, as pequenas e médias empresas mantiveram os seus níveis de rentabilidade (que se manteve nos 6,8%), mas os das grandes empresas diminuíram 0,7 pontos percentuais, para 9,7%.
Também o peso dos financiamentos obtidos no ativo diminuiu 0,2 pontos percentuais, para 33,8% no final do segundo trimestre do ano.
Já o custo do financiamento (os gastos de financiamento face aos financiamentos obtidos) foi de 3,2%, valor inferior ao registado no trimestre homólogo (3,4%) e igual ao registado no final de 2018.
Por outro lado, a autonomia financeira (que avalia o capital próprio face ao ativo) fixou-se em 38%, subindo 0,4 pontos percentuais face ao final de 2018. "Este aumento foi transversal à maioria dos setores de atividade económica", afirma o banco central. A exceção foram os setores da eletricidade, gás e água e das sedes sociais, que tiveram reduções de 0,1 e de 0,4 pontos percentuais, respetivamente.