Notícia
Regulador espanhol incentiva empresas a reverem dividendos
A CNVM, o regulador espanhol, está a incentivar as empresas a reverem o pagamento de dividendos, num período marcado pelo impacto da pandemia na economia.
27 de Março de 2020 às 09:54
O regulador espanhol está a incentivar as empresas a reverem as contas anuais e o pagamento dos dividendos, num período que está a ser marcado pelo forte impacto da pandemia na economia. E depois de já terem sido várias as entidades, nomeadamente o Santander, a darem este passo, de maneira a manterem a liquidez no balanço.
"A situação provocada pela crise sanitária da covid-19 é uma circunstância absolutamente extraordinária que normalmente não seria tida em consideração pelas empresas", afirma a CNVM, o regulador espanhol, num comunicado citado pelo jornal Cínco Dias.
Nesse sentido, se a administração considerar necessário, o regulador diz que poderá haver uma reformulação das contas anuais e alteração da proposta para a aplicação destes mesmos resultados. Por exemplo, em vez de distribuir os dividendos, como previsto inicialmente pela empresa ou banco, pode escolher manter o dinheiro em caixa.
Já para as empresas que já convocaram assembleias gerais (AG), a reformulação das contas pode acontecer "por motivos de força maior". As entidades podem ainda realizar as AG, mas sem aprovar o dividendo.
Esta decisão é tomada pelo regulador espanhol depois de já terem sido várias as entidades a decidir alterar a proposta de dividendos. Foi o caso do CaixaBank, mas também do Santander. O banco liderado por Ana Botín decidiu cancelar o dividendo intercalar, reduzindo ao mesmo tempo os salários da administração.
Em Portugal, o BCP também decidiu dar o mesmo passo. O conselho de administração aprovou o cancelamento do pagamento de dividendos, referentes ao exercício de 2019, com o objetivo de reforçar os rácios e responder ao impacto que a pandemia do novo coronavírus terá sobre a solidez dos bancos.
"A situação provocada pela crise sanitária da covid-19 é uma circunstância absolutamente extraordinária que normalmente não seria tida em consideração pelas empresas", afirma a CNVM, o regulador espanhol, num comunicado citado pelo jornal Cínco Dias.
Já para as empresas que já convocaram assembleias gerais (AG), a reformulação das contas pode acontecer "por motivos de força maior". As entidades podem ainda realizar as AG, mas sem aprovar o dividendo.
Esta decisão é tomada pelo regulador espanhol depois de já terem sido várias as entidades a decidir alterar a proposta de dividendos. Foi o caso do CaixaBank, mas também do Santander. O banco liderado por Ana Botín decidiu cancelar o dividendo intercalar, reduzindo ao mesmo tempo os salários da administração.
Em Portugal, o BCP também decidiu dar o mesmo passo. O conselho de administração aprovou o cancelamento do pagamento de dividendos, referentes ao exercício de 2019, com o objetivo de reforçar os rácios e responder ao impacto que a pandemia do novo coronavírus terá sobre a solidez dos bancos.