Os operadores móveis "alternativos" lançados pela Vodafone, TMN e Optimus em meados de 2005 continuam longe dos objectivos a que se propuseram. Segundo o inquérito às comunicações electrónicas realizado pela Marktest para a Anacom, no final do ano passado estes três operadores "virtuais" apenas detinham no total 1,3% de quota de mercado.

Segundo os dados divulgados, em Dezembro de 2006, a Uzo, da TMN, detinha 0,8% do mercado, a Rede4, da Optimus, 0,3% e a Yorn, da Vodafone, apenas 0,2%. Considerando que existem em Portugal 12,2 milhões de telemóveis, estes valores apontam que a Uzo contava no final do ano com 97,8 mil clientes, a Rede4 mais de 36,5 mil e a Yorn pouco menos de 25 mil clientes.

O lançamento destes operadores "low-cost" foi a resposta das operadoras, em 2005, ao crescente interesse do mercado por operadores virtuais, tendo os três operadores licenciados em Portugal optado por lançar marcas "low-cost". Na Vodafone a aposta foi no "Vodafone Directo!", ainda que no inquérito da Marktest a Yorn tenha sido mais referenciada enquanto operadora "independente".

A Uzo, que pretende ter 10% a 15% do mercado móvel até 2010, investiu cinco milhões de euros, a Vodafone apostou 2,5 milhões no "Directo" e a Optimus perto de quatro milhões no lançamento da Rede4. A operadora da Sonaecom desejava chegar ao final de 2005 com cem mil clientes, mas no final de 2006 tinha apenas 36,6 mil. A Vodafone não delineou quaisquer objectivos para a sua "nova" operadora.

No total as operadoras "virtuais" da TMN, Vodafone e Optimus ambicionam 35% do mercado, mas até ao momento apenas detêm 1,3%, segundo os dados da Marktest.