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"Temos que reduzir a nossa escravidão do petróleo"
António Mexia considera que "temos que reduzir a nossa escravidão do petróleo", acrescentando que actualmente "há muito mais subsídios ao petróleo e ao gás a nível mundial do que às renováveis".
12 de Outubro de 2010 às 10:08
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O presidente da EDP, António Mexia, considera que “temos que reduzir a nossa escravidão do petróleo”, acrescentando que actualmente “há muito mais subsídios ao petróleo e ao gás a nível mundial do que às renováveis”. O gestor da eléctrica nacional acredita que “a energia hoje está do lado da solução e não do problema”, já que no caso das renováveis ajuda a reduzir as importações e o défice externo, apoiando ainda a inovação e a indústria nacional por via dos “clusters” eólicos instalados no Norte do país.
Questionado sobre a opção nuclear, António Mexia disse que “não deve haver nenhum tabu em discuti-lo”, mas actualmente não é oportuno em Portugal. “Hoje o nuclear não tem espaço [em Portugal] porque há excesso de capacidade térmica instalada. Seria um elefante na sala”, declarou o presidente da EDP, no Hora H do Negócios.
Durante a entrevista durante o Hora H, António Mexia disse ainda que a EDP não opera em monopólio. “55% dos resultados da EDP hoje vêm de fora de Portugal e em 2015 deverão ser cerca de dois terços”, referiu o executivo. “Prefiro ter concorrência. Prefiro concorrer contra outros operadores do que conta um “spreadsheet” do regulador”, disse Mexia.
O gestor disse que no mercado industrial português a EDP tem hoje menos de 50% de quota, mas em Espanha tem mais clientes do que quota de geração.
