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"Se não se fizer isso [reduzir impostos nos automóveis], ou qualquer coisa, o que vai acontecer? É a morte"

O presidente da ARAN, António Teixeira Lopes, está convencido a redução dos impostos para os carros, com valor base até 15 mil euros, é a única forma de salvar o sector do caos. Mesmo sabendo que a política do Governo aponta no sentido inverso, Teixeira Lopes questiona: Se não se fizer isso [reduzir impostos nos automóveis], ou qualquer coisa, o que vai acontecer? É a morte .

08 de Outubro de 2012 às 18:04
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A ARAN escreveu uma carta ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar, em que propõe um desagravamento fiscal nos segmentos mais baixos e veículos comerciais, compensado por aumento fiscal nos segmentos mais elevados.

“Vimos propor que no Orçamento de Estado para 2013, o ISV dos automóveis dossegmentos A, B e, eventualmente, C, balizados pelo preço base, sofram umadiminuição deste imposto. Em contrapartida, o ISV dos segmentos mais elevados,que mais divisas obrigam a sair para o estrangeiro, poderiam ser agravados”, podeler-se na missiva, assinada pelo presidente da ARAN, António Teixeira Lopes.

Ao Negócios, Teixeira Lopes diz que balizar o preço base para aplicar a medida compete ao Governo, mas que na sua óptica o tecto máximo deveria ser os 15 mil euros.
O presidente da ARAN justifica a iniciativa, e tem o cuidado de até referir que esta ideia não aumentaria o peso das importações na balança comercial. “Estamos em crer que seriam vendidos mais automóveis, ajudando não só aqueles que dedicam à sua comercialização, como permitindo aos portugueses adquirir viaturas novas, melhorando a segurança rodoviária. Também entendemos que as divisas que sairiam do país pouco ou nada aumentariam, pela diferença significativa dos preços bases dos dois primeiros segmentos, comparados com os das marcas Premium”, é, também, referido na carta.

O agravamento dos impostos para os segmentos mais caros seria na óptica da ARAN um mal menor, e que iria atingir um segmento que define a decisão de conta dando um menor peso ao factor preço. A ARAN recorda que de Janeiro a Setembro de 2012, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros caíram - 39,7%, com marcas Premium como a BMW, a Audi e a Mercedes a ficarem no “top” dez das vendas e a registarem quebras consideravelmente inferiores às do mercado. Ao contrário do que outra associação do sector, a ACAP (Associação Automóvel de Portugal), defende, a ARAN não pensa que a bonificação do abate de carros seja a melhor política para promover o comércio de viaturas. “Só beneficiaria quem tem um carro para a troca e não todos os que compram carro”, avança.

“O documento enviado pela ARAN ao Ministério das Finanças não faz qualquer sugestão sobre uma eventual reintrodução do incentivo ao abate de viaturas emfim de vida em sede de ISV. A ARAN é contrária a essa possibilidade, pois, aocontrário de um desagravamento fiscal como o sugerido na carta, o incentivo aoabate não é passível de beneficiar quem não tem uma viatura para abater”, lê-se no comunicado da associação.
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