Ferreira de Oliveira, presidente da Galp Energia, disse hoje que os actuais preços dos combustíveis não são sustentáveis, quer para a indústria quer para os consumidores.

“Numa óptica de longo prazo, os actuais preços dos combustíveis não são sustentáveis, tanto para a indústria como para os consumidores. Quanto tempo vão demorar para baixar não sei”, disse Ferreira de Oliveira, à margem da audição parlamentar que decorre hoje, sobre o mercado de combustíveis. Depois do presidente da Galp, está a ser ouvido o responsável da APETRO.

O presidente da Galp afirmou que o consumo de gasolina está este ano a cair 5% e o do gasóleo 1%, sendo esta uma “consequência” da actual crise dos combustíveis. Ainda assim, assinalou que actualmente, numa estação de serviço, um litro de água mineral custa mais do que um litro de gasolina.

Para o presidente da Galp, há três formas de tentar diminuir os efeitos desta crise dos combustíveis. Ferreira de Oliveira diz que “os consumidores podem adoptar hábitos de consumo mais racionais, que retirem pressão sobre a procura; os produtores podem investir mais para aumentar as reservas e retirar pressão sobre a produção e atenuar o desequilíbrio entre a oferta e a procura”.

A outra passa por, “em termos políticos, haver maior regulação sobre a aplicação de fundos especulativos. Mas isto não pode ser apenas um país a fazer”.

Ferreira de Oliveira referiu ainda que o custo de produção de um barril de petróleo anda à volta dos 25 a 30 dólares. Os países produtores aplicam impostos, que podem ascender a 80% deste valor, a refinação tem um custo entre 3 a 5 dólares por barril e há depois a aplicação dos impostos nacionais e da margem da distribuidoras.