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Além das petrolíferas, saiba que empresas podem beneficiar do acordo nuclear com o Irão

Além das empresas energéticas, as companhias europeias de bens de consumo, as empresas aeronáuticas e de bens de luxo podem beneficiar muito do acordo nuclear alcançado esta terça-feira, 14 de Julho, escreve a Bloomberg.

Reuters
14 de Julho de 2015 às 13:16
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Os grandes produtores de gás e petróleo, como a BP, a Royal Dutch Shell e a Total, estão já a explorar formas de tirar partido do entendimento agora alcançado entre o Irão e as seis potenciais mundiais (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Rússia e China).

Mas estas não serão as únicas a beneficiar do entendimento. O fim das sanções cria a oportunidade de explorar um mercado com 80 milhões de pessoas, o que, dizem os analistas, irá potenciar a venda de bens de consumo.

De acordo com investidores e analistas citados pela Bloomberg, companhias como a Danone, a Nestlé SA, a Peugeot SA, a Airbus, assim como a Louis Vuitton e a British American Tobacco podem beneficiar do entendimento hoje alcançado.

No entanto, "as empresas que vão beneficiar de forma mais imediata são aquelas que já estão presentes no Irão, mas que sofreram em resultado das sanções", acredita Ramin Rabli, director da empresa de investimento Turquoise Partners, adicionando a Cola-Cola e a Pepsi a esta lista.

Ross Denton, da firma de advoigados Baker & McKenzie, salienta que o mercado iraniano poderá levar seis meses a ficar acessível, mas que a espera "vale a pena", numa altura em que as empresas "lutam contra o fraco crescimento" do mercado europeu, escreve a Bloomberg.

As empresas europeias são aquelas que mais podem beneficiar, dada a sua proximidade geográfica, considera o analista Jan Dehn, do Ashmore Group.

Entre os países europeus, a Bloomberg destaca a França, cujas vantagens poderão ser maiores considerando as relações relativamente cordiais entre os dois países.

A "Renault e a Peugeot têm uma grande mas adormecida operação no Irão que será muito provavelmente restaurada", defende Mohamad Al Hajj, analista da EFG-Hermes U.A.E. Ltd .

No que diz respeito à Airbus, sedeada em Toulouse, França, assim como a rival Boeing, dos EUA, ambas podem beneficiar da retirada gradual de sanções uma vez que o Irão tem uma frota de aviões datada.

Quanto aos bens de luxo, "o interessante é que os iranianos terão a possibilidade de viajar para o estrangeiro com mais facilidade", diz Mario Ortelli, analista da Sanford C. Bernstein. Dadas as restritas regras de publicidade no Irão, as empresas poderão incentivar os turistas iranianos a comprar em lojas de estados mais liberais do golfo árabe ou da Europa.

Apesar das oportunidades que se colocam com este acordo, mantém-se também alguns riscos.

O fim das sanções será "provavelmente observado como quase permanente. Alguns verão essa medida como irreversível, e outros vão olhá-la como uma proposição de risco caso as condições azedem novamente", refere Denton, analista da Baker & McKenzie, citado pela Bloomberg.

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