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Promessas de condições especiais e preços baixos na TDT

A Portugal Telecom garante que tem contemplado na sua proposta condições específicas para os portugueses com necessidades especiais e com rendimentos baixos. A Airplus promete televisão por subscrição a baixo preço. Ambas prometem qualidade nas transmissõ

Negócios 24 de Abril de 2008 às 00:25
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A Portugal Telecom garante que tem contemplado na sua proposta condições específicas para os portugueses com necessidades especiais e com rendimentos baixos. A Airplus promete televisão por subscrição a baixo preço. Ambas prometem qualidade nas transmissões.

É nesta vertente de preço que ambas as empresas acentuaram a tónica ontem nas primeiras palavras sobre as respectivas propostas. A PT não quis revelar nada, fazendo apenas referência a essas condições - o que indicia subsidiação de equipamentos - e afirmando que Portugal vai mudar para digital, desligando a tecnologia analógica, em 2012. O que parece demonstrar que a PT optou por não antecipar a data imposta por Bruxelas, mas essa confirmação já Zeinal Bava não deu.

"Desta vez vamos ter televisão digital terrestre", disse Zeinal Bava. O presidente da PT compareceu, ontem, à entrega das propostas da operadora para a televisão digital, nos dois concursos (plataforma para os canais gratuitos e para os canais pagos). Mas não falou em valores, remetendo para hoje, depois do acto público da abertura das propostas, mais pormenores.

A Airplus foi mais longe, garantindo que prevê um investimento de 70 a 80 milhões de euros para cobrir 75% da população em três anos e meio. A Airplus candidatou-se apenas à rede de canais pagos, para a qual prometeu tarifas "low cost" (baixo preço). Também o CEO da Airplus, Michael Werner, apareceu na Anacom, depois da empresa ter feito a entrega da sua proposta.

PT e Airplus quase esbarraram nas escadas da Anacom, mas a operadora portuguesa acabou por esperar que os suecos saíssem. E foi com uma carrinha a percorrer o passeio que a PT chegou e descarregou sete caixotes. A Airplus, menos preparada para o espectáculo, entregou dois pacotes e o conteúdo de um saco. No serviço de atendimento ao público. Os representantes da Airplus que entregaram o conteúdo da proposta até fugiram às perguntas dos jornalistas, remetendo para "colegas" quaisquer declarações.

Afinal o "colega" que era o CEO da empresa chegaria quando a PT entregava a proposta. Nas telecomunicações, os últimos concursos públicos (terceira geração móvel, acesso fixo via rádio e o anterior da televisão digital) tinham sido preparados com espectáculo. O "show" de outrora foi aligeirado. Mas de resto não houve surpresas.

Nenhum candidato de última hora apareceu. Apenas os pré-anunciados: PT e Airplus. E a PT saiu com declarações vitoriosas: "é uma proposta séria, credível e garante que desta vez vamos ter TDT". Zeinal Bava acenou com as 14 mil páginas das propostas e com as 500 pessoas que nelas trabalharam.

As reacções, ontem, partiram do Governo, que se congratulou com a existência de mais do que um concorrente e da Sonaecom que afirmou ter sido um concurso feito à medida da PT. Mas a PT não só tem de passar pelo crivo da comissão de avaliação, presidida por Carlos Salema, para sair vencedora, como ainda tem de conseguir a luz verde da Autoridade da Concorrência que terá uma palavra a dizer.

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