Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Primeiro semestre foi “excelente” para a EDP

António Mexia classifica os resultados da EDP no primeiro semestre de “excelentes”. A aquisição da Horizon terá um impacto reduzido nas contas da totalidade do ano, contribuindo no segundo semestre com 30 milhões de euros para o EBITDA e reduzido o lucro

26 de Julho de 2007 às 21:01
  • ...

António Mexia classifica os resultados da EDP no primeiro semestre de "excelentes". A aquisição da Horizon terá um impacto reduzido nas contas da totalidade do ano, contribuindo no segundo semestre com 30 milhões de euros para o EBITDA e reduzido o lucro em 25 milhões.

"Este foi um excelente semestre para o grupo EDP como um todo. Foi muito bom em termos de números e crescimento operacional por via apenas orgânica. Sem aquisições, já que a compra da Horizon tem apenas impacto no segundo semestre", disse António Mexia na apresentação dos resultados do primeiro semestre.

O gestor destaca que "os números da EDP têm particular relevância porque foram conseguidos num contexto relativamente desfavorável, com subidas em termos operacionais muito superiores à maioria do concorrência".

O lucro da EDP - Energias de Portugal, no primeiro semestre de 2007, aumentaram 12,7% para 422,1 milhões de euros, um valor que ficou ligeiramente abaixo das perspectivas dos analistas, que aguardavam resultados líquidos de 432 milhões de euros.

"Crescemos mais do que a média do sector e temos um portfolio de produção com menos risco", disse Mexia.

A revisão da política comercial (com o fim dos contratos pouco rentáveis para a EDP), a recuperação de quota, a instalação de cerca de mais 50% de capacidade eólica com uma alteração significativa no perfil da companhia e uma melhoria clara na eficiência conseguida através da redução de custos em 73 milhões de euros são os principais factores responsáveis por estes resultados, de acordo com o CEO, destacando que "a actividade regulada continua a ser a mais importante".

Os resultados líquidos ainda não incluem a venda dos 25% REN, já que o preço final vai ser fechado em função da cotação dos próximos meses.

Rácios financeiros estão melhores

"Comparativamente, no final de 2007, vamos estar com melhores rácios financeiros do que estávamos no final de 2005 e somos hoje uma companhia com uma capacidade para crescer o dobro", refere mexia, desvalorizando o corte no "rating" efectuado pela Standard & Poor’s. "Estamos com uma situação muito tranquila em termos de rácios", refere.

"A descida em termos de rating tem a ver com o pesado investimento que fizemos com a compra da Horizon, que vai fazer com que a empresa seja melhor, mas não no curto prazo. Obviamente em 2008 vai ter um maior endividamento e as agências trabalham com critérios muito específicos", adianta.

Horizon com impacto reduzido este ano

"A aquisição da Horizon vai ter um impacto reduzido nas contas da EDP deste ano, porque só se vai reflectir nos resultados de um semestre e a maior parte dos parque [eólicos da Horizon] só estão agora a entrar em produção. No segundo semestre deverá ter um impacto de 30 milhões de euros no EBITDA e menos 25 milhões no resultado líquido", disse Nuno Alves, CFO da empresa.

Mexia adianta que "o impacto mais positivo da Horizon, e consequente diversificação geográfica, é o fim da obsessão desta empresa [EDP] com a Península Ibérica. Desta forma deixamos de estar dependentes de terceiros e passamos a depender mais de nós próprios. Isto é sobretudo importante quando as regras estão sempre a mudar a meio do jogo".

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio