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Prejuízos do Metro diminuem para 147 milhões em 2006

Os resultados líquidos da empresa Metropolitano de Lisboa (Metro) foram de 146,9 milhões de euros em 2006. De acordo com o relatório e contas hoje publicado, ainda assim os prejuízos registaram uma redução de 9,3%, ou 15 milhões de euros, face a 2005.

29 de Junho de 2007 às 13:36
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Os resultados líquidos da empresa Metropolitano de Lisboa (Metro) foram de 146,9 milhões de euros em 2006. De acordo com o relatório e contas hoje publicado, ainda assim os prejuízos registaram uma redução de 9,3%, ou 15 milhões de euros, face a 2005.

No relatório hoje publicada na CMVM, a administração do Metro de Lisboa justifica a variação pela "melhoria em 10,2%" ou 8,77 milhões de euros" dos resultados operacionais, que foram negativos em 77,48 milhões de euros em 2006. Foi igualmente fruto, adianta a direcção da empresa pública de transportes, de uma "melhoria em 9,3% dos resultados financeiros", equivalente a 7,02 milhões de euros), para 68,25 milhões de euros negativos.

Na mensagem do presidente, Joaquim Reis, que substituiu Mineiro Aires em Novembro do ano passado, é adiantado que a melhoria dos resultados líquidos e operacionais "é fruto essencialmente de uma redução nas provisões com as pensões, de uma redução conseguida nos juros de dívida, num ambiente de aumento das taxas de juro e de contínuo aumento do passivo bancário remunerado", assim como "do reforço do subsídio à exploração operado pelo Estado", único accionista.

Os proveitos do exercício do Metro foram de 90,91 milhões de euros, mais 4,9% face a 2005, dos quais 56,2 milhões de euros decorrentes de vendas e prestações de serviços (mais 9,8%), 50,2 milhões de euros de bilhetes e passes (mais 9,3%) e 21,6 milhões de euros de subsídios à exploração (mais 23,8%).

Já os custos totais foram de 237,82 milhões de euros (menos 4,4% do que em 2005), dos quais 166,6 milhões decorrentes da operação. Dos custos operacionais, os referentes ao pessoal foram os mais elevados, de 76,5 milhões de euros, mais 2% do que em 2005.

Os custos financeiros elevaram-se a 69,5 milhões de euros, um recuo de 9% face a exercício imediatamente anterior.  

Na sua mensagem, Joaquim Reis recorda que o rácio de cobertura dos custos pela receita directa é de 33%, ou 47% graças aos apoios do Estado. Mas alerta que "no futuro, o Metropolitano de Lisboa não beneficiará de ajudas comunitárias substanciais", já que Lisboa deixou de ser "uma área objecto do QCA". Consequentemente, salienta, todos os ulteriores alargamentos de rede se deverão efectuar com recurso a financiamento interno, quer por via bancária, quer por eventuais apoios do Estado.

O Metro recebeu 26,94 milhões de euros dos cofres do Estado, 21,64 milhões de euros de indemnizações compensatórias por prestação de serviço público (mais 6,4%) e 5,3 milhões de euros provenientes do PIDDAC, o que representa menos 81,1% face a 2005, ano em que a mesma fonte lhe garantiu 28,03 milhões de euros.

Já de fonte comunitária, a fundo perdido, o Metro recebeu 9,04 milhões de euros do Fundo de Coesão, mais 68,5% do que em 2005. Em 2005 o total da comparticipação comunitária a fundo perdido tinha sido mais elevada em 79,5%, já que além de 28,65 milhões de euros do fundo de Coesão, o Metro recebera 15,29 milhões de euros do FEDER.

Em 2006 o Metro investiu 54,21 milhões de euros, dos quais 92% em Infra-estruturas de Longa Duração (ILD) - dos quais o mais elevado de 14,6 milhões de euros destinou-se à extensão Baixa Chiado/Santa Apolónia - e 8% em investimentos de média duração.

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