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Plano de recuperação da Conforlimpa com “luz verde”
Empresa viabilizada pelo Tribunal do Comércio e com administração agora composta pelos próprios trabalhadores tem como principal objectivo "manter o maior ´número de postos de trabalho"
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O Tribunal do Comércio de Lisboa homologou na sexta-feira, dia 24 de Janeiro, o plano de recuperação da Conforlimpa, que já tinha sido aprovado por cerca de 96% dos credores, permitindo, assim, implementar as medidas de viabilização, informou a empresa em comunicado.
O principal objectivo da empresa, que neste momento tem a sua administração composta pelos próprios trabalhadores, é “manter o maior número de postos de trabalho e desenvolver todos os esforços para que esta empresa 100% portuguesa continue a ser líder de mercado no sector das limpezas industriais, gerando valor para a economia nacional e criando mais postos de trabalho”, refere no mesmo comunicado.
“A Conforlimpa e os trabalhadores que agora a lideram demarcam-se por completo do anterior modelo de gestão”, acrescenta ainda, sublinhando que Armando Cardoso, ex-presidente da sociedade, “não tem neste momento qualquer vínculo legal com a empresa”.
Esta segunda-feira o Correio da Manhã noticiou que o plano de recuperação da Conforlimpa prevê o pagamento das dívidas ao Fisco e à Segurança Social em 12 anos.
Segundo o jornal,a administração tributária - que reclama créditos condicionais no valor de 40 milhões de euros - e a Segurança Social - que é credora de 10 milhões de euros - votaram favoravelmente o plano de recuperação da empresa ao lado das instituições bancárias (Barclays, Montepio Geral, Santander e Banco Popular).
O Correio da Manhã recorda ainda que Armando Cardoso, o dono da Conforlimpa que regressou à prisão em Dezembro - por ter tentado contactar testemunhas do processo em que está a ser julgado por fraude fiscal num valor superior a 40 milhões de euros - ficará definitivamente afastado da gestão.