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Plano de retoma da atividade dos CTT está pensado até setembro
Em entrevista à Lusa, por escrito, no dia em que cumpre um ano na presidência executiva dos CTT, João Bento faz um balanço positivo e partilha a experiência de liderar os Correios de Portugal durante o período da pandemia.
22 de Maio de 2020 às 09:24
O presidente executivo dos CTT disse à Lusa que o plano de retoma da atividade da empresa à normalidade está "pensado até setembro", pendente das orientações das autoridades de saúde, admitindo prosseguir com "formas de teletrabalho parcial".
Em entrevista à Lusa, por escrito, no dia em que cumpre um ano na presidência executiva dos CTT, João Bento faz um balanço positivo e partilha a experiência de liderar os Correios de Portugal durante o período da pandemia.
"Já temos um plano de desenvolvimento de regresso à normalidade que está pendente das orientações que nos sejam direcionadas e também com o evoluir da pandemia", afirmou o gestor, quando questionado como está a ser planeada a retoma da atividade da empresa à normalidade.
"Trata-se de um plano pensado até setembro para os três grandes universos de trabalhadores -- a rede de retalho, as pessoas que trabalham em lojas; as operações, que incluem os carteiros, que constituem o maior grupo dos nossos colaboradores; e todos os serviços centrais e de apoio que inclui as pessoas afetas à sede, sendo que estes na sua maioria, foram capazes de realizar o seu trabalho a partir de casa", explicou João Bento.
"Continuaremos empenhados como sempre estivemos e com sentido de missão, contribuindo para o funcionamento do país, ligando pessoas e empresas com entrega total", asseverou o gestor, que aproveitou para "agradecer a todos os trabalhadores dos CTT e, em particular, a todas as pessoas" das operações, com destaque para os carteiros, tal como os que estiveram no atendimento das lojas, "o esforço e dedicação que colocaram e que continuam a colocar diariamente no seu trabalho" neste "que tem sido, porventura, o momento mais delicado das vidas profissionais".
Questionado sobre se há experiências deste período de pandemia que possam continuar a ser aplicadas na empresa no futuro, como o teletrabalho, o gestor admitiu que sim.
"Se há surpresa generalizada partilhada por todas as pessoas com quem tenho discutido este assunto é a de que os níveis de produtividade em teletrabalho são, para a esmagadora maioria das funções, absolutamente fascinantes, por elevados", considerou.
"Nos CTT queremos tirar partido esta experiência forçada para, em todas as funções que se revelaram adequadas, prosseguir com formas de teletrabalho parcial", adiantou João Bento.
Isto significa que, acrescentou, "parte das funções podem ser integralmente realizadas em teletrabalho ou, com maior probabilidade, todas as funções (elegíveis) possam ser desempenhadas parcialmente em teletrabalho".
"As implicações que isso possa ter na produtividade, no uso e reconfiguração do espaço, nas rotinas, na tecnologia disponível, enfim, em tudo o que deve ser revisto para este fim, estão presentemente a ser identificadas de forma sistemática com vista a tomar decisões já para o regresso à normalidade, a uma nova normalidade, no início de junho", disse o presidente executivo.
"Esta pandemia apanhou-nos a todos de surpresa: pessoas, empresas e marcas viram-se perante algo desconhecido e avassalador", sublinhou.
Questionado sobre como foi gerir uma empresa como os CTT durante o período do estado de emergência, João Bento afirmou: "Começando já a analisar retrospetivamente o que se passou (e ainda estamos muito no meio da crise), considero que o mais importante foi sermos capazes de responder com rapidez e agilidade".
A pandemia "colocou os CTT numa situação muito peculiar, já que, sendo um serviço essencial (e temos muito orgulho nisso), tivemos que nos manter totalmente operacionais, quer na rede de retalho, quer nos centros de tratamento, quer na distribuição e na entrega, mantendo, pois, essencialmente incompressível a nossa estrutura de custos, mas observando um impacto muito sério nas receitas, dada a queda da atividade económica", prosseguiu.
Destacando que a "segurança de todos" foi a primeira preocupação, recordou que foi criado em 06 de março um Comité de Gestão de Crise para assegurar a coordenação e implementação das medidas que constam do Plano de Contingência e Continuidade de negócio CTT, "bem como garantir a comunicação entre as várias áreas internas, a informação e apoio adequados junto dos colaboradores, promovendo as medidas mitigantes dos principais riscos".
"Acredito que somos capazes de nos adaptar a situações muito desafiantes e, conscientes do papel crítico que desempenhamos na manutenção de cadeias de comunicação e logística vitais para a economia e a sociedade portuguesa, encontrámos como principal eixo de transformação de ameaça em oportunidade o desenvolvimento de soluções e parcerias centradas no apoio e fomento da continuidade da economia nacional, área em que nos destacámos pelo dinamismo e impacto das medidas que lançámos principalmente na área do comércio eletrónico, contribuindo ativamente para facilitar a vida de todos os que tiveram de permanecer em casa", referiu.
Além das iniciativas de solidariedade e comerciais lançadas, "antecipámos a emissão e pagamento dos vales em dois dias úteis em março e em três dias úteis em abril e faseámos a sua distribuição", exemplificou.
"Reforçámos o serviço de pagamento do vale ao domicílio em março, para cerca de 50 mil dos cerca de 370 mil vales pagos pelos CTT, num serviço cujo custo foi inteiramente suportado pela empresa", sublinhou João Bento.
Entre várias iniciativas constam a parceria com a Hovione, no âmbito da qual a empresa distribuiu álcool gel para os bombeiros, lares, IPSS e instituições locais, numa operação de solidariedade e sem fins lucrativos e recolheu e transportou, "em oito camiões TIR, cerca de 500 metros cúbicos de material de proteção médica vindo da China (máscaras, luvas e batas), importado pela empresa Oasipor".
Em suma, "temos empreendido todos os esforços para ultrapassar a presente crise por forma a assegurar um melhor futuro para todas as partes interessadas e continuaremos dedicados nesta que é a nossa missão de ligar pessoas e empresas, com entrega total", concluiu o gestor.
Em entrevista à Lusa, por escrito, no dia em que cumpre um ano na presidência executiva dos CTT, João Bento faz um balanço positivo e partilha a experiência de liderar os Correios de Portugal durante o período da pandemia.
"Trata-se de um plano pensado até setembro para os três grandes universos de trabalhadores -- a rede de retalho, as pessoas que trabalham em lojas; as operações, que incluem os carteiros, que constituem o maior grupo dos nossos colaboradores; e todos os serviços centrais e de apoio que inclui as pessoas afetas à sede, sendo que estes na sua maioria, foram capazes de realizar o seu trabalho a partir de casa", explicou João Bento.
"Continuaremos empenhados como sempre estivemos e com sentido de missão, contribuindo para o funcionamento do país, ligando pessoas e empresas com entrega total", asseverou o gestor, que aproveitou para "agradecer a todos os trabalhadores dos CTT e, em particular, a todas as pessoas" das operações, com destaque para os carteiros, tal como os que estiveram no atendimento das lojas, "o esforço e dedicação que colocaram e que continuam a colocar diariamente no seu trabalho" neste "que tem sido, porventura, o momento mais delicado das vidas profissionais".
Questionado sobre se há experiências deste período de pandemia que possam continuar a ser aplicadas na empresa no futuro, como o teletrabalho, o gestor admitiu que sim.
"Se há surpresa generalizada partilhada por todas as pessoas com quem tenho discutido este assunto é a de que os níveis de produtividade em teletrabalho são, para a esmagadora maioria das funções, absolutamente fascinantes, por elevados", considerou.
"Nos CTT queremos tirar partido esta experiência forçada para, em todas as funções que se revelaram adequadas, prosseguir com formas de teletrabalho parcial", adiantou João Bento.
Isto significa que, acrescentou, "parte das funções podem ser integralmente realizadas em teletrabalho ou, com maior probabilidade, todas as funções (elegíveis) possam ser desempenhadas parcialmente em teletrabalho".
"As implicações que isso possa ter na produtividade, no uso e reconfiguração do espaço, nas rotinas, na tecnologia disponível, enfim, em tudo o que deve ser revisto para este fim, estão presentemente a ser identificadas de forma sistemática com vista a tomar decisões já para o regresso à normalidade, a uma nova normalidade, no início de junho", disse o presidente executivo.
"Esta pandemia apanhou-nos a todos de surpresa: pessoas, empresas e marcas viram-se perante algo desconhecido e avassalador", sublinhou.
Questionado sobre como foi gerir uma empresa como os CTT durante o período do estado de emergência, João Bento afirmou: "Começando já a analisar retrospetivamente o que se passou (e ainda estamos muito no meio da crise), considero que o mais importante foi sermos capazes de responder com rapidez e agilidade".
A pandemia "colocou os CTT numa situação muito peculiar, já que, sendo um serviço essencial (e temos muito orgulho nisso), tivemos que nos manter totalmente operacionais, quer na rede de retalho, quer nos centros de tratamento, quer na distribuição e na entrega, mantendo, pois, essencialmente incompressível a nossa estrutura de custos, mas observando um impacto muito sério nas receitas, dada a queda da atividade económica", prosseguiu.
Destacando que a "segurança de todos" foi a primeira preocupação, recordou que foi criado em 06 de março um Comité de Gestão de Crise para assegurar a coordenação e implementação das medidas que constam do Plano de Contingência e Continuidade de negócio CTT, "bem como garantir a comunicação entre as várias áreas internas, a informação e apoio adequados junto dos colaboradores, promovendo as medidas mitigantes dos principais riscos".
"Acredito que somos capazes de nos adaptar a situações muito desafiantes e, conscientes do papel crítico que desempenhamos na manutenção de cadeias de comunicação e logística vitais para a economia e a sociedade portuguesa, encontrámos como principal eixo de transformação de ameaça em oportunidade o desenvolvimento de soluções e parcerias centradas no apoio e fomento da continuidade da economia nacional, área em que nos destacámos pelo dinamismo e impacto das medidas que lançámos principalmente na área do comércio eletrónico, contribuindo ativamente para facilitar a vida de todos os que tiveram de permanecer em casa", referiu.
Além das iniciativas de solidariedade e comerciais lançadas, "antecipámos a emissão e pagamento dos vales em dois dias úteis em março e em três dias úteis em abril e faseámos a sua distribuição", exemplificou.
"Reforçámos o serviço de pagamento do vale ao domicílio em março, para cerca de 50 mil dos cerca de 370 mil vales pagos pelos CTT, num serviço cujo custo foi inteiramente suportado pela empresa", sublinhou João Bento.
Entre várias iniciativas constam a parceria com a Hovione, no âmbito da qual a empresa distribuiu álcool gel para os bombeiros, lares, IPSS e instituições locais, numa operação de solidariedade e sem fins lucrativos e recolheu e transportou, "em oito camiões TIR, cerca de 500 metros cúbicos de material de proteção médica vindo da China (máscaras, luvas e batas), importado pela empresa Oasipor".
Em suma, "temos empreendido todos os esforços para ultrapassar a presente crise por forma a assegurar um melhor futuro para todas as partes interessadas e continuaremos dedicados nesta que é a nossa missão de ligar pessoas e empresas, com entrega total", concluiu o gestor.