Notícia
Pedro Queiroz Pereira e irmã fecham acordo na Semapa
Maude vende participações na Cimigest, Sodim e Cimipar por um valor abaixo dos 100 milhões de euros.
Pedro Queiroz Pereira e a irmã Maude fecharam esta quinta-feira o acordo que resolve o diferendo pelo controlo da Semapa.
O negócio envolveu apenas a venda das posições que Maude detinha até agora na Cimigest (18,5%), Sodim (4,9%) e Cimipar (40%), tendo o valor da transacção ficado abaixo dos 100 milhões de euros.
Maude Queiroz Pereira tinha até ao final desta segunda-feira para exercer a opção de venda ao irmão das participações que detém nas holdings que controlam a Semapa, no âmbito de um contrato de “tag along” com o Grupo Espírito Santo. A operação só ficou concluída esta quinta-feira.
O GES e a Circleleader, da família Carrelhas, tinham já chegado a acordo para vender as suas posições a Pedro Queiroz Pereira no início de Novembro. O empresário passou então a controlar 60% da Cimipar, deixando a irmã, com 40%, isolada.
Como o Negócios já avançou, o empresário convocou já uma assembleia geral desta sociedade para 10 de Dezembro com o objectivo de anular um conjunto de deliberações tomadas pela empresa quando era controlada por Maude Queiroz Pereira e pela família Carrelhas.
Da ordem de trabalhos faz parte a desistência da providência cautelar interposta, assim como da acção judicial movida contra os três ex-gestores da Cimipar que aprovaram a operação realizada em Janeiro de 2012 e que conduziu ao diferendo tornado público pelo Expresso no final de Agosto. A AG vai ainda deliberar sobre a destituição dos administradores em exercício e sobre a “propositura de acções de responsabilidade civil” e eleger um novo conselho de administração.
Serão também ratificados as deliberações e os negócios realizados pela administração da sociedade em Janeiro de 2012, como seja a alienação de 10% da Cimigest à Sodim e a cessão de dívidas e compensação de créditos com a Cimigest.
No âmbito das negociações que decorreram para ultrapassar o diferendo pela Semapa, Maude Queiroz Pereira e o GES queriam receber pelas suas posições um prémio de controlo da ordem dos 30%, o que o empresário sempre recusou pagar. Relativamente ao acordo entre Queiroz Pereira e o GES, para o descruzamento de participações, não foi revelado o montante do negócio.