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Maude Queiroz Pereira abandona Conselho de Administração da Semapa

A empresa confirmou em comunicado ao regulador do mercado que Maude Querioz Pereira renunciou ao cargo de vogal do Conselho de Administração.

Correio da Manhã
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A saída de Maude Queiroz Pereira ocorreu no dia 5 de Dezembro, no mesmo dia em que Pedro Queiroz Pereira e a irmã fecharam o acordo que dita a sua separação na Semapa. 

 

O Negócios noticiou na sexta-feira, 6 de Dezembro, que Maude Queiroz Pereira exerceu a opção de venda das participações que detinha nas "holdings" que controlam o grupo que detém a Portucel e a Secil por um valor abaixo dos 100 milhões de euros.

 

O prazo para a irmã de Queiroz Pereira exercer a opção de venda prevista no contrato de "tag along" que tinha com o GES terminou ao final do dia 2 de Dezembro. No entanto, as negociações continuaram, tendo sido concluídas na sexta-feira.

 

No âmbito do acordo alcançado, Maude vende ao irmão as participações na Cimigest (18,5%), Cimipar (40%) e Sodim (4,9%), esta última proprietária dos hotéis Ritz, em Lisboa, e Villa Magna, em Madrid.

 

Pedro Queiroz Pereira, que tinha já no início de Novembro chegado a acordo com o GES e a Circleleader da família Carrelhas, passa assim a ser o maior accionista da Sodim e da Cimigest, sociedades que controlam mais de 50% da Semapa. Fica ainda sozinho na Cimipar, a sociedade que esteve na origem no diferendo dos últimos meses por ter vendido, em Janeiro de 2012, 10% da Cimigest à Sodim. Foi por causa desta operação que GES, Maude e a família Carrelhas acusaram o empresário de ter tomado o controlo da Semapa, numa operação cujo objectivo só terão compreendido em Março passado. 


Com estes acordos, todos os processos judiciais que foram interpostos irão ser retirados.

Gestores da Cimipar renunciam

Após a concretização do acordo com o GES e a Circleleader, dois administradores da Cimipar, Tito Fontes e António Oliveira Gomes, renunciaram já aos cargos. Estes dois gestores tinham sido nomeados depois da assembleia geral de 24 de Maio, para o quadriénio de 2013/2016, numa altura em que Maude Queiroz Pereira e a família Carrelhas detinham 60% da sociedade. Além deles foram também então indicados Martins Teles da Silva, José Jácome e João Lagos para o conselho de administração da sociedade.

Com a mudança de controlo da Cimipar provocada pela venda dos 20% da Circleleader, Pedro Queiroz Pereira convocou para 10 de Dezembro uma assembleia geral da sociedade para anular várias deliberações tomadas pela empresa quando era controlada pela irmã. Da ordem de trabalhos consta a deliberação sobre "a destituição dos administradores em exercício", assim como sobre "a propositura de acções de responsabilidade civil".

 

Na mesma reunião será eleito um novo conselho de administração até 2016. A sociedade irá ainda desistir das acções judiciais contra antigos gestores e da providência cautelar e ratificar o negócio realizado em Janeiro de 2012.

 

 
Os principais momentos da guerra pela Semapa 

20 de Janeiro de 2012

O conselho de administração da Cimipar deliberou vender à Sodim 10% da Cimigest.

 

Março de 2013

Altura em que Maude Queiroz Pereira, o GES e a família Carrelhas dizem ter ficado evidenciada a venda realizada em Janeiro de 2012. Foi nessa altura que a Circleleader, da família Carrelhas, accionista da Cimipar, pediu informações, na sequência do qual diz ter tido conhecimento da operação.

 

24 de Maio de 2013

Assembleia geral da Cimipar, em que foi rejeitada a proposta de aprovação de contas e de aplicação de resultados bem como o voto de confiança no conselho de administração. Maude Queiroz Pereira a e Rita Amaral Cabral foram destituídas das várias sociedades.

 

Maio de 2013

Após a AG, o novo conselho de administração da Cimipar passa a ser controlado por Maude e os primos Carrelhas, que em conjunto detêm 60%. No âmbito da negociação com Queiroz Pereira para venderem as suas participações, GES e Maude revelam ter um contrato de "tag along".

 

Junho de 2013

A guerra passa para os tribunais. São interpostas providências cautelares e acções judiciais. Em Setembro é colocado um processo de responsabilidade civil contra os três ex-gestores da Cimipar. 

 

1 de Novembro de 2013

No âmbito das negociações mediadas por Fernando Ulrich e Francisco Cary, Pedro Queiroz Pereira e o GES chegam a acordo para o descruzamento das participações. Além do GES, também a família Carrelhas vende participação.

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