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PSI-20 inverte para perdas com Jerónimo Martins a pressionar
A bolsa nacional inverteu a tendência positiva da abertura e segue a negociar em baixa ligeira com a gigante Jerónimo Martins a ser das que mais pressionam. Os bancos BPI e BES também estão entre os que mais contribuem negativamente.
O PSI-20 está a desvalorizar 0,11% para 6.357,49 pontos, com 12 cotadas a descer e oito a valorizar. O principal índice de bolsa inverteu a tendência de ganhos do início da sessão e está a contrariar a tendência das principais praças europeias, que regressam aos ganhos depois de cinco sessões consecutivas em baixa.
O índice europeu Stoxx 600 valoriza 0,36% para 315,54 pontos e contraria a tendência de perda das acções europeias nas últimas quatro sessões, que foi a maior série de perdas dos últimos seis meses.
Os títulos da Jerónimo Martins estão entre os que mais contribuem para a tendência negativa do índice principal, ao recuarem 0,45% para 14,30 euros. Já a holding Sonae SGPS recua 0,19% para 1,051 euros.
Já os títulos do BPI são os que mais descem entre as cotadas do PSI-20, com o banco liderado por Fernando Ulrich a depreciar 1,27% para 1,165 euros. O BES deprecia 0,92% para 0,973 euros, enquanto o BCP negoceia praticamente inalterado nos 0,1344 euros.
O banco liderado por Nuno Amado está em negociações com os sindicatos para reduzir os custos com trabalhadores. O acordo encontra-se, porém, ameaçado, já que a gestão não quer ceder à recusa dos sindicatos em assinar o acordo antes de o banco se comprometer a não proceder a um despedimento colectivo.
A contrariar maiores perdas estão as cotadas do grupo EDP, depois de a EDP Renováveis ter concluído a venda de uma participação de 49% no consórcio ENEOP – Energias de Portugal à China Three Gorges (CTG).
A EDP valoriza 0,41% para 2,696 euros e a e a cotada liderada por João Manso Neto progride 0,53% para 3,80 euros por acção. A notícia foi considerada "positiva" para a avaliação da cotada liderada por João Manso Neto pelos analistas do BPI e BES Investimento. Ainda assim, o impacto “é difícil de avaliar” já que as duas empresas não revelaram os valores do acordo.
Já a petrolífera Galp Energia recua 0,17% para 11,60 euros.
Em destaque pela positiva está o sector da construção, com a Mota-Engil a valorizar 1,34% para 4,451 euros e a Teixeira Duarte a subir 1,11% para 0,91 euros. A Soares da Costa aprecia 2,94% para 0,35 euros.
Nas telecomunicações o dia é misto. A Portugal Telecom a negociar praticamente inalterada ao avançar 0,06% para 3,262 euros, ao mesmo tempo que a Zon Multimédia perde 0,04% para 5,271 euros. A Sonaecom, que partilha o controlo da Zon com Isabel dos Santos, sobe 0,44% para 2,535 euros.