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Parlamento Europeu pede auditoria ao Facebook
Os eurodeputados aprovaram esta quinta-feira um conjunto de medidas para reforçar a protecção dos dados pessoais nas redes sociais. Entre estas, pedem que se faça uma auditoria ao Facebook para garantir a segurança dos dados dos utilizadores depois do escândalo Cambridge Analytica.
Os eurodeputados querem que seja realizada uma auditoria ao Facebook de maneira a analisar a segurança dos dados dos utilizadores. Esta foi uma das medidas aprovadas esta quinta-feira, 25 de Outubro, no Parlamento Europeu para reforçar a protecção dos dados pessoais nas redes sociais e para combater a manipulação das eleições.
De acordo com um comunicado do Parlamento Europeu, esta resolução foi aprovada no seguimento das audições com o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e outros representantes da rede social associados ao escândalo Cambridge Analytica.
Este escândalo atingiu a empresa norte-americana no passado mês de Março ao descobrir-se que a consultora britânica Cambridge Analytica (que encerrou em Maio) utilizou uma aplicação de recolha de milhões de dados de utilizadores do Facebook e que foram utilizados na campanha presidencial de Donald Trump, nos Estados Unidos, em 2016. No Reino Unido, o Facebook já foi multado em 500 mil euros.
Os eurodeputados pedem agora ao Facebook que permita que os organismos europeus responsáveis pela cibersegurança e protecção de dados procedam a uma "auditoria completa e independente" da rede social para examinarem a protecção e a segurança dos dados. As conclusões devem ser depois apresentadas à Comissão Europeia, Parlamento Europeu e aos parlamentos de cada país.
O Parlamento Europeu considera ainda que é necessário implementar "modificações substanciais" no Facebook para garantir o cumprimento da legislação europeia relativamente à protecção de dados. Para os eurodeputados, a empresa "não só traiu a confiança dos cidadãos da UE como violou o direito da UE".
Além disso, pedem que a Comissão Europeia melhore as regras da concorrência e que analise o "modelo empresarial das plataformas de redes sociais e a sua possível situação de monopólio, tendo devidamente em conta o facto de tal monopólio poder existir devido à especificidade da marca e à quantidade de dados pessoais de que se dispõe e não tanto a uma situação de monopólio tradicional".