Notícia
OPEP revê em alta procura global de petróleo para 110 milhões de barris em 2045
As principais estimativas do documento baseiam-se, como há um ano, no crescimento económico sustentado e num aumento da população global para 9.500 milhões até 2045.
31 de Outubro de 2022 às 14:19
A OPEP reviu esta segunda-feira a previsão a longo prazo para a procura global de petróleo para 110 milhões de barris por dia em 2045, mais dois milhões de barris por dia do que o valor calculado há um ano.
O World Oil Outlook 2022 (WOO 2022), publicado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com sede em Viena, destaca as mudanças no mercado da energia.
Apesar da grande incerteza sobre a evolução a curto prazo, as principais estimativas do documento baseiam-se, como há um ano, no crescimento económico sustentado e num aumento da população global para 9.500 milhões até 2045.
"O mundo da energia tem testemunhado uma grande mudança de enfoque desde a publicação da WOO do ano passado em outubro de 2021", destaca o secretário-geral da organização, Haitham Al Ghais do Kuwait, na introdução ao documento.
Recorda que o ano passado terminou com "uma narrativa" centrada no combate às alterações climáticas e na redução da utilização de combustíveis fósseis para reduzir as emissões de carbono.
Mas desde então, e especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções ocidentais impostas a Moscovo, a preocupação dominante tem-se concentrado mais no fornecimento de energia e na segurança.
Segundo a OPEP, isto serviu como um "lembrete" dos riscos associados à falta de investimento no setor.
"É evidente que temos visto mais destas questões serem levantadas face aos desafios relacionados com a recuperação da pandemia, tensões geopolíticas, falta de investimento e o persistente flagelo da pobreza energética", diz Al-Ghais.
Para o secretário-geral da OPEP, esta mudança de abordagem "tem sido uma evolução positiva" e a sua manutenção "será vital nos anos e décadas vindouras".
Alude ao medo dos países altamente dependentes das suas vendas de "ouro negro", como os 13 membros da OPEP, de que uma rápida transição para as energias renováveis lhes causará graves problemas socioeconómicos.
A visão do cenário principal do relatório pressupõe que a médio prazo, até 2027, "a procura mundial de petróleo atingirá um nível de quase 107 milhões de barris por dia em 2027", cerca de mais sete milhões de barris por dia do que este ano.
Apenas nos anos 2030 prevê um provável abrandamento do crescimento do consumo de "ouro negro", antes de entrar num "período relativamente longo de estagnação da procura global".
Nesta segunda fase (até 2045), o declínio das nações industrializadas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) será compensado por um aumento em outros países, explica o relatório.
"No total, a procura global de petróleo aumentará cerca de 13 milhões de barris por dia entre 2021 e 2045, atingindo quase 110 milhões de barris por dia", prevê o relatório.
Há um ano, a OPEP previu um menor consumo de "ouro negro" de 108 milhões de barris por dia em 2045, no cenário principal.
No entanto, tal como nos seus relatórios anteriores, inclui também dois cenários alternativos, um mais e um menos ambicioso na luta contra as alterações climáticas.
"Escusado será dizer que estes dois cenários têm resultados muito diferentes para a procura de petróleo em 2045, com uma previsão de 92 milhões de barris por dia e 115 milhões de barris por dia, respetivamente, em comparação com 110 milhões de barris por dia no cenário de referência", afirma o documento.
O World Oil Outlook 2022 (WOO 2022), publicado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), com sede em Viena, destaca as mudanças no mercado da energia.
"O mundo da energia tem testemunhado uma grande mudança de enfoque desde a publicação da WOO do ano passado em outubro de 2021", destaca o secretário-geral da organização, Haitham Al Ghais do Kuwait, na introdução ao documento.
Recorda que o ano passado terminou com "uma narrativa" centrada no combate às alterações climáticas e na redução da utilização de combustíveis fósseis para reduzir as emissões de carbono.
Mas desde então, e especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções ocidentais impostas a Moscovo, a preocupação dominante tem-se concentrado mais no fornecimento de energia e na segurança.
Segundo a OPEP, isto serviu como um "lembrete" dos riscos associados à falta de investimento no setor.
"É evidente que temos visto mais destas questões serem levantadas face aos desafios relacionados com a recuperação da pandemia, tensões geopolíticas, falta de investimento e o persistente flagelo da pobreza energética", diz Al-Ghais.
Para o secretário-geral da OPEP, esta mudança de abordagem "tem sido uma evolução positiva" e a sua manutenção "será vital nos anos e décadas vindouras".
Alude ao medo dos países altamente dependentes das suas vendas de "ouro negro", como os 13 membros da OPEP, de que uma rápida transição para as energias renováveis lhes causará graves problemas socioeconómicos.
A visão do cenário principal do relatório pressupõe que a médio prazo, até 2027, "a procura mundial de petróleo atingirá um nível de quase 107 milhões de barris por dia em 2027", cerca de mais sete milhões de barris por dia do que este ano.
Apenas nos anos 2030 prevê um provável abrandamento do crescimento do consumo de "ouro negro", antes de entrar num "período relativamente longo de estagnação da procura global".
Nesta segunda fase (até 2045), o declínio das nações industrializadas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) será compensado por um aumento em outros países, explica o relatório.
"No total, a procura global de petróleo aumentará cerca de 13 milhões de barris por dia entre 2021 e 2045, atingindo quase 110 milhões de barris por dia", prevê o relatório.
Há um ano, a OPEP previu um menor consumo de "ouro negro" de 108 milhões de barris por dia em 2045, no cenário principal.
No entanto, tal como nos seus relatórios anteriores, inclui também dois cenários alternativos, um mais e um menos ambicioso na luta contra as alterações climáticas.
"Escusado será dizer que estes dois cenários têm resultados muito diferentes para a procura de petróleo em 2045, com uma previsão de 92 milhões de barris por dia e 115 milhões de barris por dia, respetivamente, em comparação com 110 milhões de barris por dia no cenário de referência", afirma o documento.