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Líder da OPEP defende transição energética "mais justa" sem desinvestimento no petróleo

Haitham Al-Ghais acredita que é preciso incluir os produtores de petróleo nas negociações climáticas e defende que a falta de investimento na matéria-prima pode pôr em causa a segurança energética mundial.

Haitham Al-Ghais é o secretário-geral da OPEP
12 de Fevereiro de 2023 às 17:21
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Haitham Al-Ghais, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), defendeu este domingo numa conferência no Cairo, Egipto, que as políticas ambientais e de transição energética sejam "mais justas e mais equilibradas" e que não excluam à partida o investimento em petróleo, uma vez que isso "pode pôr em causa a segurança energética" mundial.

"É imperativo que todas as partes envolvidas nas atuais negociações climáticas parem por um momento e olhem para o panorama geral", indicou o responsável, citado pela Bloomberg, apelando para que "trabalhem para uma transição energética que seja ordenada, inclusiva e ajude a garantir a segurança energética para todos".

Haitham Al-Ghais indicou ainda que a indústria do petróleo foi "afetada por vários anos de subinvestimento crónico", assegurando que o setor precisa de 500 mil milhões de dólares anuais de investimento até 2045. Palavras que vão ao encontro do que também Joe Bide afirmou no seu discuso do Estado da União, na passada terça-feira. O presidente dos Estados Unidos sublinhou a necessidade de petróleo "por, pelo menos, mais uma década".

O líder da OPEP, natural do Kuwait - país que faz parte da organização, - acredita que a realização da conferência climática COP28, da ONU, no final deste ano, nos Emirados Árabes Unidos, "servirá como uma nova oportunidade para explorar soluções inclusivas, sustentáveis ??e baseadas em consenso para a mudança climática".

Os Emirados Árabes Unidos, também parte da OPEP, nomearam o sultão Al Jaber, chefe da empresa nacional de petróleo e gás Adnoc, para liderar a conferência, o que gerou alguma controvérsia. Contudo, Al Jaber sublinhou que os produtores de petróleo também têm de participar nas negociações climáticas.

Haitham Al Ghais reiterou ainda que a OPEP e seus parceiros (OPEP+), a aliança de 23 nações liderada pela Arábia Saudita e Rússia, estão empenhados em manter o mercado de petróleo estável.
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