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Novo Banco mantém 6% da Inapa que herdou do BES

A instituição liderada por Stock da Cunha é um dos maiores accionistas da Inapa, atrás do BCP, CGD e Parpública. Responde por 6,1% dos direitos de voto da empresa de distribuição de papel.

D.R.
10 de Novembro de 2014 às 21:40
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O Novo Banco mantém a participação de 6% que herdou com a resolução do Banco Espírito Santo. Apesar de a decisão do Banco de Portugal em dividir o antigo BES em "banco bom" (Novo Banco) e "banco mau" (que manteve a designação BES) ter sido tomada a 3 de Agosto, só a 10 de Novembro é que a Inapa informou o mercado que essa participação accionista transitou para o Novo Banco.

 

"Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 16.º e 20.º do Código dos Valores Mobiliários e do artigo 2.º do Regulamento 5/2008 da CMVM, o Novo Banco, S.A. ("Novo Banco") informa que a participação qualificada na Inapa, Investimentos, Participações e Gestão, S.A. anteriormente detida ou imputável ao Banco Espírito Santo, S.A. ("BES"), passou a ser detida ou imputável ao Novo Banco em virtude da medida de resolução adoptada pelo Banco de Portugal ao BES em 3 de Agosto de 2014, na sequência da qual os activos, passivos, elementos extrapatrimoniais e activos sob gestão do BES foram automaticamente transferidos para o Novo Banco", indica o comunicado emitido pela empresa presidida por Félix Morgado.

 

Foram 27.566.655 as acções que o Novo Banco passou a ter, em Agosto, no capital da Inapa, ou seja, 6,1% dos direitos de voto correspondentes. Uma posição que mantém mais de dois meses depois: "Em 31 de Outubro de 2014, o número de acções imputadas ao Novo Banco mantém-se em 27 556 665 acções representativas de 6,1% dos direitos de voto do capital social da Inapa, Investimentos, Participações e Gestão S.A", aponta o comunicado datado de 10 de Novembro.

 

O Novo Banco é um dos principais accionistas da empresa de distribuição de papel desde o início do ano, nomeadamente desde que as acções preferenciais, que tinham sido adquiridas no aumento de capital de 2011, passaram a conferir direitos de voto aos seus detentores. O Novo Banco havia participado nesse aumento de capital e todas as acções que tinha comprado eram preferenciais – e supostamente não davam dividendos. Contudo, como não foram pagos dividendos por dois anos seguidos, as acções preferenciais passaram a ter direitos de voto. E foi isso que deu uma posição accionista de 6,1% ao Novo Banco.

 

Na sequência dessa operação, o Estado passou o principal accionista da cotada através da Parpública, com 8,29%, e da Caixa Geral de Depósitos, com 25,07% - algo que poderia ter levado o Estado a lançar uma OPA caso a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários não o tivesse dispensado. O Banco Comercial Português possui 33% da Inapa, através do fundo de pensões e do banco.

 

O Novo Banco tem várias empresas da qual é accionista, seja a PT SGPS, onde tem 10%, seja no SLB.

 

 

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