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Nokia e Alcatel-Lucent consumam fusão a 14 de Janeiro
Após negócio de 15,6 mil milhões de euros, as duas companhias unem-se para ganhar escala e poder competir com as rivais Ericsson e Huawei na indústria das telecomunicações móveis.
A Nokia e a Alcatel-Lucent transformam-se numa empresa só a 14 de Janeiro, quando começarem a operar em conjunto, anunciou esta segunda-feira, 4 de Janeiro, a companhia finlandesa.
O negócio já tinha tido luz verde dos reguladores da concorrência europeus e norte-americanos e aguardava apenas a aprovação da Autoridade dos Mercados Financeiros de França (AMF), entretanto obtida.
De acordo com a AMF, a companhia finlandesa passará, por agora, a deter 79,32% do capital e 78,97% dos direitos de voto da Alcatel-Lucent.
"Vamos mover-nos rapidamente para juntar a duas empresas e executar os nossos planos de integração", garantiu o presidente e CEO da Nokia, Rajeev Suri, em comunicado. "Teremos uma capacidade de I&D e de inovação inigualáveis, que usaremos para liderar na criação de tecnologia e serviços de nova geração", acrescentou.
A fusão das duas companhias resultou de um investimento de 15,6 mil milhões de euros por parte da Nokia para assumir o controlo da rival francesa. E permitirá à nova operadora - que vai chamar-se Nokia Corporation e ter sede na Finlândia - competir no mercado dos equipamentos móveis com os gigantes Ericsson e Huawei, apostando no desenvolvimento de tecnologias associadas ao 5G, aplicações na cloud, software de redes ou sensores.
Com a aliança, as duas telecoms prevêem reduzir custos através de sinergias e ganhar escala para melhorar a margem de negociação com os seus fornecedores.
No seguimento desta operação, a Nokia planeia concretizar um plano de 7 mil milhões de euros para optimizar a sua estrutura de capital e reembolsar os seus accionistas.