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Reestruturação penaliza resultados da Nokia em 2015

A finlandesa Nokia revelou uma descida de lucros de 56% em 2015. Mais um ano marcado por uma profunda transformação da tecnológica que já foi a maior fabricante de telemóveis do mundo.

Bloomberg
11 de Fevereiro de 2016 às 17:05
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Os resultados na Nokia caíram para 2.718 milhões de euros em 2015, ano em que prosseguiu uma mudança estratégica profunda, após a venda da área de equipamentos móveis à Microsoft em 2014. Excluindo os efeitos extraordinários, o lucro da empresa teriam subido 32% para 1.392 milhões de euros.

Já os resultados operacionais antes de impostos cresceram 22% para 1.949 milhões de euros face a 2014. Enquanto as receitas globais - Nokia Networks e Nokia Technologies - cresceram 6% para 12.499 milhões de euros. 

A reestruturação da empresa não ficou só pela venda do segmento móvel. Em Dezembro de 2015, a tecnológica finalizou a venda da Here, a sua filial de mapas digitais e geolocalização, ao consórcio formado pelos fabricantes automóveis alemães Audi, BMW e Daimler, pelo valor de 2.800 milhões de euros.

Foi também no final do ano passado que a Nokia comprou cerca de 80% da sua rival francesa a Alcatel-Lucent numa oferta pública de acções, que recentemente foi objecto de uma segunda tranche, com a posição da empresa finlandesa a subir até aos 88%.

Com estas três operações de fundo, a Nokia não só se desfez dos negócios não estratégicos, mas focou-se na venda de redes e equipamentos de telecomunicações, um sector até agora liderado pela rival sueca Ericsson.

O presidente executivo da empresa, Rajeev Suri, mostrou-se satisfeito com os resultados alcançados já que a empresa está em profundo processo de transformação. "2015 foi outro ano de dramática transformação para Nokia e agrada-me que no meio de tudo isto tenhamos conseguido fechar o ano com resultados sólidos, tanto na Networks como na Technologies", afirmou.


Em termos trimestrais os resultados aumentaram, enquanto a empresa continua focada na redução de custos. As vendas do quarto trimestre subiram 3% para 3.609 milhões de euros, ligeiramente abaixo do estimado pela "pool" de analistas da Bloomberg.

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