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Chiquita rejeita oferta de compra das brasileiras Cutrale e Safra

A empresa norte-americana Chiquita, que comercializa bananas e ananás, recusou a oferta conjunta das empresas brasileiras Cutrale e Safra. As empresas brasileiras ofereciam 686 milhões de dólares.

Bloomberg
Negócios 24 de Outubro de 2014 às 14:15
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A tentativa de compra da Chiquita registou esta sexta-feira, 24 de Outubro, um novo episódio. A Chiquita Brands International rejeitou a proposta de compra das duas empresas brasileiras: a produtora de sumos de laranja Cutrale e o banco de investimento Safra. A última oferta do consórcio brasileiro pela norte-americana era de 686 milhões de dólares – mais de 542 milhões de euros – de acordo com a agência Bloomberg.

 

A Chiquita tem planos para adquirir a empresa irlandesa de frutas Fyffes, por um valor superior à oferta brasileira. Segundo a mesma fonte, a junção destas duas empresas iria criar a maior empresa de bananas do mundo. Além disso, iria permitir a empresa norte-americana ter a sua sede na Irlanda, beneficiando de uma carga fiscal mais baixa.

 

O jornal brasileiro Folha de São Paulo escrevia esta quinta-feira, 23 de Outubro, que o consórcio brasileiro reviu em alta o valor oferecido pela norte-americana, para os 686 milhões de dólares, com o objectivo de travar a fusão entre a Chiquita e a empresa irlandesa.

 

Já esta sexta-feira, 24 de Outubro, o Globo, citando a Reuters, refere que o conselho de administração está confiante na fusão com a empresa europeia. Está agendada para hoje uma assembleia de accionistas da Chiquita para votarem o negócio com a irlandesa.

 

Negócio das bananas agitado desde Agosto

 

A 11 de Agosto, a Chiquita foi alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA). A norte-americana, já naquela altura, estava a tentar comprar a irlandesa Fyffes. A Cutrale e o Safra Group lançaram uma OPA hostil sobre a Chiquita, oferecendo 13 dólares por acção. Alguns dias depois, a 15 de Agosto, a norte-americana recusou a oferta do consórcio brasileiro - no valor de 611 milhões de dólares - por considerar o valor "inadequado". 

 

Mas as notícias sobre este negócio não ficaram por aqui. A 27 de Agosto a administração da Chiquita aconselhou os seus accionistas a darem luz verde à fusão com a Fyffes. A empresa norte-americana defendia então que a fusão com a empresa irlandesa é a melhor alternativa para os accionistas da Chiquita.

 

Um novo episódio surgiu a 15 de Outubro quando a Cutrale e a Safra aumentaram o valor da OPA. O montante da proposta subiu 7,7% para 658 milhões de dólares, cerca de 518,5 milhões de euros. Um prémio de 2,7% sobre o preço actual dos títulos da Chiquita (13,63 dólares). 

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