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NATO e União Europeia juntas contra o cibercrime
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) anunciou um acordo com a União Europeia (UE) no combate ao cibercrime e outras "ameaças híbridas", após a recepção aos 28 ministros da Defesa da Aliança Atlântica.
A NATO e UE vão tomar medidas conjuntas no combate ao cibercrime. O acordo foi anunciado esta quarta-feira, 10 de Fevereiro. Um acordo que pretende ter um âmbito mais alargado.
"Estamos também a fazer mais para lidar com desafios híbridos. Tenho o prazer de anunciar que, ainda hoje (10 de Fevereiro), a NATO e a União Europeia vão assinar um acordo técnico para aumentar a cooperação cibernética. As nossas equipas de resposta de emergência terão um quadro estruturado para trocarem informações e partilharem as melhores práticas", disse o norueguês Jens Stoltenbrg, imediatamente antes do início da cimeira ministerial no quartel-general da NATO, em Bruxelas.
O responsável pela Aliança Atlântica elogiou aquilo que disse ser um "exemplo concreto" de trabalho conjunto entre NATO e UE, no primeiro de dois dias em que estará em cima da mesa a possibilidade de haver uma intervenção concreta da organização no combate aos exploradores de refugiados, especificamente no mar Egeu, entre a Turquia e a Grécia.
"Esta noite, vamos reunir com a UE, bem como com os nossos parceiros Austrália, Finlândia, Geórgia, Jordânia e Suécia. Vamos discutir como podemos tratar dos desafios colocados na nossa vizinhança, a sul e a leste. Vamos ver como podemos apoiar os aliados na resposta à crise de migrantes e refugiados que vemos na Europa e, perto, no Médio Oriente, Síria e Turquia", continuou Stoltenberg, recusando adiantar mais pormenores.
A Comissão Europeia já concordou que depende da NATO levar a cabo qualquer ação de combate aos contrabandistas/traficantes de refugiados.
O secretário-geral da NATO realçou ainda a decisão pendente sobre o reforço de aviões AWACS (Boeing E-3 com radares para detetar aeronaves e mísseis inimigos a baixa altitude) por parte dos Estados Unidos, a fim de poderem utilizar os seus próprios meios para conseguirem efetuar mais ataques ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Stoltenberg voltou a referir-se à necessidade de uma maior presença no Leste da Europa, prosseguindo o plano de "presença avançada colmatada com capacidade rápida de reforços", a fim de a Aliança Atlântica deter "poder de dissuasão" e fazer saber que "qualquer ataque a um aliado terá uma resposta forte de todos os aliados juntos".
O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, será um dos pares reunidos na capital belga, numa série de encontros que culminará com a primeira reunião da coligação internacional que combate o grupo extremista Estado Islâmico, convocada pelo secretário de Estado da Defesa norte-americano, Ash Carter.
Actualmente, a coligação anti-EI tem 65 nações envolvidas directa ou indirectamente no combate àquele grupo extremista, que tem ganho terreno no Iraque, Síria e, cada vez mais, na Líbia.
Ao todo, os membros que contribuíram com presença militar na campanha que já leva ano e meio são 27. Os parceiros mais destacados dos Estados Unidos, que lideram as operações desde início, incluem Iraque, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e os ocidentais França, Reino Unido, Canadá ou Austrália.