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NATO vai enviar aviões de vigilância para a Turquia

A NATO vai enviar aviões de vigilância para a Turquia, com vista a ajudar Ancara a proteger o seu espaço aéreo, como havia previsto no início de Dezembro, anunciou o Governo alemão, provocando uma onda de críticas.

Turquia 17ª posição em 2030, com PIB de 1.625 mil milhões de dólares, após 17ª posição em 2014.
27 de Dezembro de 2015 às 17:13
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"Está prevista a transferência provisória de aviões de reconhecimento AWACS da base aérea alemã de Geilenkirchen para a base de Konya", no sul da Turquia, escreveu o Ministério da Defesa alemão a 18 de Dezembro, numa carta divulgada este domingo, 27 de Dezembro, pela imprensa.

No texto, dirigido à Comissão da Defesa do Bundestag (a câmara baixa do parlamento alemão), a tutela assinala que Berlim faculta à NATO "30% do pessoal" dos AWACS que estão na base de Geilenkirchen.

Embora esta decisão implique o envio de soldados alemães para o estrangeiro, o governo não tem a intenção de consultar o Bundestag, pois trata-se de uma simples ajuda à vigilância do espaço aéreo e não de uma ofensiva militar, sustenta o Ministério da Defesa.

Em reacção, o responsável pelas questões de Defesa nos Verdes alemães, Tobias Lindner, disse ao jornal Bild que "o Governo deve informar imediatamente o Parlamento sobre os detalhes da decisão, especialmente no que se refere às tarefas específicas atribuídas às aeronaves e ao destino dos dados recolhidos no espaço aéreo".

Por seu lado, Sahra Wagenknecht, vice-presidente do partido de esquerda Die Linke, considerou "altamente perigoso" o envio dos aviões para a Turquia e exigiu um aval do Bundestag, lamentando o apoio alemão às forças de segurança turcas, que têm "morto numerosos curdos" no país.

Quanto ao presidente da Comissão de Defesa do Bundestag, Wolfgang Hellmich, disse, numa entrevista a ser publicada na segunda-feira em jornais do grupo Funke, ser "um pouco curioso" o momento escolhido para anunciar a decisão, pois as férias parlamentares dificultam a discussão do tema.

O social-democrata deixou em aberto a hipótese de uma consulta à câmara baixa do parlamento, já solicitada no início de Dezembro para aprovar a participação de até 1.200 soldados alemães em operações internacionais contra os 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

O envio, pela NATO, de aviões AWACS, em número ainda não especificado, inscreve-se no auxílio prometido no início de Dezembro pela Aliança Atlântica para "garantir a segurança da Turquia" devido aos conflitos nas suas fronteiras, no Iraque e na Síria.
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