Não existem regras nem códigos formais que substituam o princípio de honestidade dos gestores. Para os especialistas em ética e governo das sociedades contactados pelo Negócios, mais do que modelos formais, são necessários dirigentes honestos e uma justiça célere, que permita uma punição rápida e justa dos culpados.

"Não há nenhum quadro regulatório capaz de impedir as vigarices nas empresas", frisou, num seminário recente, João Talone, presidente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG).

"Um escândalo destes é a pior coisa que podia acontecer para a reputação da classe dirigente. A sensação de falta de ética, aproveitamento e corrupção tem vindo a subir e uma coisa destas cria mais desconfiança e desânimo na população", frisa o economista João César das Neves, director executivo do Centro de Ética Económica e Empresarial da FCEE - Católica.