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Gazprom interrompe fornecimento de gás à Áustria. Preços pulam para máximos de um ano

Depois de uma decisão de um tribunal arbitral ter dado razão à austríaca OMV, a empresa pretendia interromper o pagamento à Gazprom de forma a que o valor chegasse à compensação definida, mas a empresa russa antecipou-se e cortou o fornecimento.

Aprovada em 2020, a Estratégia Nacional para o Hidrogénio prevê uma incorporação nas redes de distribuição de gás natural de 10% a 15% até 2030.
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15 de Novembro de 2024 às 16:07
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Os futuros dos contratos de gás natural a um mês valorizaram quase 3%, depois de a austríaca OMV ter revelado que a Rússia vai interromper os fornecimentos ao país a partir de sábado.

A informação foi anunciada em comunicado. A Gazprom notificiou a OMV que iria cortar totalmente o fornecimento, depois de uma decisão arbitral da Câmara do Comércio Internacional (ICC, em inglês) - conhecida esta quinta-feira - ter decido a favor da empresa austríaca. A Gazprom tem a pagamento uma compensação de 230 milhões de euros.

Em causa estão interrupções no fornecimento de gás por Moscovo desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. O Nordstream teve uma rutura nessa altura e nunca foi reparado, o que levou a que o fornecimento fosse inconstante.

Os pagamentos da OMV à Gazprom são habitualmente realizados no final de cada mês e a empresa austríaca iria pausar esses pagamentos até que o valor devido chegasse à compensação ditada pela ICC. Os receios de que - por a Rússia não concordar com a decisão, e, por isso, num cenário em que não haja lugar ao pagamento interrompa o fornecimento da matéria-prima - acabam, assim, por se concretizar.

Os preços dos futuros dos contratos de gás natural na Europa chegaram esta sexta-feira a subir 2,74% pra 47,49 euros - em máximos de um ano - e seguem agora a valorizar 1,09% para 46,73 euros. A maior valorização foi registada ontem em que os preços chegaram a pular 6,47% para 46,49 euros.

A Áustria era um dos poucos países europeus que continuava dependente, em 82%, do fornecimento de gás pela Rússia. A OMV já revelou estar preparada para a situação e a ministra austríaca da Energia, Leonore Gewessler, disse que a infraestrutura de fornecimento de gás do país estava segura porque já se tinham "estado a preparar para uma possível disrupção há muito tempo", escreveu na rede social X.

"Os preços estão a subir porque a interrupção do fornecimento para a Áustria ocorreu dias antes do previsto", comentou à Bloomberg Florence Schmit, estratega de energia do Rabobank.

"Embora o mercado esteja atualmente bem abastecido, esta interrupção significa que serão necessárias maiores retiradas de armazenamento durante o inverno, bem como uma maior procura de gás natural liquefeito", completou.

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