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Mário Ferreira põe Alfândega do Porto a chegar ao milhão de lucros

A Alfândega do Porto, que acolhe um centro de congressos e é presidido, há três anos, pelo dono do grupo Douro Azul, fechou o exercício de 2018 com o melhor resultado líquido de sempre - 1,1 milhões de euros, mais do que duplicando os 515 mil euros obtidos no ano anterior.

O edifício da Alfândega do Porto, situado na frente ribeirinha de Miragaia, acolhe um centro de congressos e o Museu dos Transportes e Comunicações.
03 de Maio de 2019 às 11:00
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Instalado no frente ribeirinha de Miragaia, no Porto, com a sua principal fachada virada para a sede da Douro Azul, a Alfândega do Porto vive dias financeiros felizes, a fazer recordes de lucros, sob a liderança do empresário Mário Ferreira.

 

A comemorar 150 anos de existência, a Alfândega do Porto fechou o exercício de 2018 com "os melhores resultados líquidos de sempre - 1,073 milhões de euros, contra 515 mil euros no ano anterior, beneficiando de um aumento considerável das suas atividades, designadamente o aluguer de espaços", revela a instituição, em comunicado.

 

"A Alfândega do Porto registou, em 2018, o melhor resultado líquido de todos os tempos, ultrapassando a fasquia de um milhão de euros, beneficiando da qualidade das exposições internacionais apresentadas, mas também pela grande procura dos espaços para efeitos de congressos, seminários e outras reuniões empresariais", explica Mário Ferreira, presidente da associação para o Museu dos Transportes e Comunicações, entidade responsável pela gestão da Alfândega do Porto.

 

As receitas da Alfândega do Porto, que acolhe este espaço museológico e um centro de congressos, que tem sido distinguido desde 2008 com prémios nacionais e internacionais, também registaram um aumento assinalável em 2018, para 2,9 milhões de euros, contra dois milhões no ano anterior, "consequência de uma gestão atenta do novo conselho de administração, que tem reinvestido os resultados obtidos na manutenção, preservação e melhorias do gigantesco edifício com mais de 36 mil metros quadrados", refere-se no mesmo comunicado.

 

As previsões para 2019 apontam para "a manutenção dos excelentes resultados financeiros", com o primeiro trimestre a gerar um lucro de 308 mil euros, mais do que 133 mil euros registados um ano antes.

 

Uma performance suportada por uma atividade intensa no arranque deste ano, "com ocupação plena na área dos congressos e incentivos, e, pela primeira vez na história da Alfandega, a apresentação de três exposições internacionais de grande qualidade ao mesmo tempo", enfatiza a Alfândega do Porto.

 

Atualmente, estão patentes três exposições na Alfandega do Porto - Escher, que se iniciou em 28 de fevereiro; Banksy, produzida por Banksy’s Dismaland and Others - by Barry Cawston, que teve o seu começo a dia 19 de janeiro; e o Corpo Humano, sobre o corpo humano a ciência da vida, que arrancou a 1 de fevereiro.

 

Estas exposições já atraíram à Alfandega 59.577 visitantes, das quais 35% estrangeiros, sendo que 18.715 foram visitas de crianças e escolas.

 

O edifício da Alfândega foi construído no século XIX, segundo projeto do francês Jean F.G. Colson, sendo que a sua edificação "implicou a construção da enorme plataforma do cais onde assenta a Alfândega e que substituiu a antiga praia de Miragaia", de acordo com a descrição geral do imóvel na página da internet da Direção geral do património Cultural (DGPC).

 

Segundo a classificação da DGPC, trata-se de "um edifício de tipologia neoclássica, construído no âmbito da linha anglo-palladiana iniciada com o Hospital de Santo António e que se prolongou significativamente pelo século XIX".

 

Em 1856, Colson foi contratado em Paris por Fontes Pereira de Melo e as obras da nova alfândega tiveram início em 1859, prolongando-se até aos anos 70.

 

Inaugurado em 1869, o edifício da Alfândega é bem diferente da arquitetura dos velhos edifícios do século XV característicos da zona da Ribeira do Porto.

 

E em 1987, tendo o Governo de então decidido que a Alfândega do Porto iria acolher o Museu dos Transportes e Comunicações, foram então iniciadas obras de restauro, com o edifício a ser adaptado à nova vertente, de acordo com um projeto do arquiteto Souto de Moura.

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