As marcas de luxo Hermès e Burberry apresentaram esta quinta-feira, 12 de Novembro, os resultados do terceiro trimestre deste ano, que superaram as estimativas dos analistas, numa altura em que este segmento está a ser penalizado pela quebra das vendas na Ásia.

As vendas da Hermès cresceram 7,9% no terceiro trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2014, impulsionadas pela procura de artigos de pele e pronto-a-vestir.

Já a marca de luxo britânica Burberry reportou um crescimento de 3% nos lucros dos seis meses até Setembro, superando as projecções dos analistas. Nesse período, a fabricante de casacos e cachecóis de caxemira registou lucros antes de impostos de 153 milhões de libras.

Apesar de ter superado as estimativas dos analistas, a Hermès falhou o seu objectivo de aumentar as vendas em 8%. Segundo os dados divulgados pela empresa, as vendas cresceram 16,6%, em termos homólogos, no Japão, e 14,8% na Europa.

Contudo, o crescimento das vendas na região Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, caiu para 1,5% no terceiro trimestre, devido a um "contexto difícil em Hong Kong, Macau, e em menor grau, na China continental", refere o comunicado da empresa.

Em Outubro, também a Burberry e a LMVH, dona da Louis Vuitton, alertaram para um ambiente cada vez mais desafiador para os bens de luxo na China e Hong Kong.

Da mesma forma, a gigante da cosmética L’Oréal anunciou que a procura pelos seus produtos de luxo abrandou em Hong Kong e nos aeroportos. 

As acções da Burberry estão a valorizar 0,82% na bolsa de Londres, enquanto os títulos da Hermès avançam 0,01% para 350,40 euros.