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Lucros da Sonae Sierra crescem 66% no primeiro semestre

A empresa especialista em centros comerciais registou um aumento de 2,8% nas vendas dos lojistas europeus e também uma progressão na taxa de ocupação global dos "shoppings" nos primeiros seis meses deste ano.  

Paulo Duarte/Negócios
05 de Agosto de 2015 às 17:58
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A Sonae Sierra apresentou um resultado líquido de 79,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2015, o que corresponde a um crescimento de 66% face aos primeiros seis meses do ano passado, período em que tinha apresentado lucros de 47,8 milhões de euros.

 

Segundo anunciou esta quinta-feira, 5 de Agosto, em comunicado enviado à CMVM, a taxa de ocupação global do portefólio da especialista em centros comerciais foi de 95,8%. Esta subida de 1,1% face ao período homólogo deveu-se à "melhoria do contexto económico e a confirmação do sucesso da estratégia seguida pela empresa com o objetivo de potenciar a qualidade dos seus activos".

 

No que toca às vendas dos lojistas nos "shoppings" que detém na Europa, numa base comparável subiram 2,8% entre Janeiro e Junho deste ano. Portugal (3,3%), Espanha (2,4%) e Itália (5,8%) foram os crescimentos destacados pela empresa, que informou ainda que a performance no Brasil manteve-se em terreno positivo, com as vendas dos lojistas a aumentaram 7,3%, igualmente numa base comparável face ao primeiro semestre de 2014.

 

Já o resultado directo foi de 26,8 milhões de euros, uma subida de 22% em relação ao período homólogo de 2014. Um crescimento orgânico que a empresa atribui ao aumento das rendas nos "shoppings" europeus e brasileiros, à recuperação económica que assegura que se tem vindo a assistir no Velho Continente e ainda ao aumento da taxa de ocupação dos centros mais recentes inaugurados no Brasil.

 

"Os primeiros seis meses de 2015 foram marcados pela acentuada melhoria na performance operacional e financeira da empresa, demonstrando a nossa capacidade de aproveitar a recuperação do mercado europeu. Continuamos ainda a crescer na área de prestação de serviços a terceiros", referiu o CEO da Sonae Sierra, Fernando Guedes de Oliveira, citado no mesmo comunicado.

 

Estes contratos têm sido precisamente um dos segmentos em que mais tem apostado a empresa detida em partes iguais pela Sonae SGPS e pela britânica Grosvenor. No primeiro semestre arrancaram mais seis contratos de gestão e comercialização na Alemanha (Quarrée Wandsbek-Markt, Mercado e Geschäftshaus Ottensen), Itália (Ligabue), Espanha (C.C. Bahía Mar, em Puerto de Santa Maria) e Roménia (Marasti Parking, em Cluj). Há ainda sete outros novos já assinados para prestar serviços de desenvolvimento em Moçambique, Itália, Turquia ou Tunísia, detalhou a empresa.

 

Redução do custo médio da dívida

 

A Sonae Sierra gere e/ou comercializa 87 centros comerciais – sendo proprietária de 46 centros –, que no ano passado receberam mais de 440 milhões de visitantes em 17 países: Portugal, Alemanha, Argélia, Azerbaijão, Brasil, Colômbia, China, Eslováquia, Espanha, Grécia, Itália, Marrocos, Moçambique, Roménia, Rússia, Tunísia e Turquia. Actualmente tem sete projectos em desenvolvimento, sendo quatro novos em carteira e três para clientes.

 

A 20 de Maio, a responsável de sustentabilidade e comunicação da gestora de centros comerciais, Elsa Monteiro, assinalou ao Negócios que a entrada da Sierra no mercado colombiano continuava sem data, argumentando que, "se nos mercados maduros o desenvolvimento de um investimento demora sempre alguns anos, nestes locais demora ainda mais e é muito mais lento".

 

Na informação enviada agora à CMVM, a empresa garante ainda que manteve uma estratégia conservadora de financiamento e de cobertura de longo prazo, pormenorizando que "a estrutura capital da empresa é suportada pela maturidade da dívida de longo prazo, em média de 4,1 anos, e com 60% da dívida a taxas de juros fixas, indicando a cobertura prudente do risco de taxa de juro e um perfil equilibrado de maturidade da dívida".

 

"A Sonae Sierra continua a beneficiar de um sólido acesso a financiamento no mercado financeiro e de capitais. O custo médio da dívida da Sonae Sierra é 1 ponto percentual inferior a 2014, encontrando-se actualmente em 3,7%. Excluindo o Brasil, o custo médio da dívida é de 3,2%, em linha com os seus concorrentes europeus", acrescenta a Sonae Sierra.

 

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