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Credor americano fica com quatro Dolce Vita falidos

Os "shoppings" do Porto, Coimbra, Vila Real e Lisboa passam para as mãos do Lone Star Funds, o maior credor das empresas insolventes, escreve o Público.

18 de Agosto de 2015 às 10:42
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O grupo norte-americano Lone Star Funds ficou com os quatro centros comerciais com a insígnia Dolce Vita pertencentes aos espanhóis da Chamartín, que estavam falidos e tinham sido postos à venda em Maio. A informação foi confirmada pelo administrador de insolvência encarregado da venda dos imóveis, Jorge Calvete, ao jornal Público.

Os centros comerciais Dolce Vita Porto, Coimbra, Douro (Vila Real) e Monumental (Lisboa) ficam assim nas mãos da "private equity" norte-americana Lone Star – que em Abril comprara a empresa responsável pelo desenvolvimento do "resort" de Vilamoura –, a detentora da sociedade LSREF3 Octopus Investments, que era a principal credora nestes processos dos centros comerciais.

A LSREF3 Octopus detém 100,8 dos 111,1 milhões de euros de créditos do Dolce Vita Porto (junto ao estádio do Dragão) e 60,6 dos 64,3 milhões do Dolce Vita Douro. No "shopping" de Coimbra é credora de 77,4 dos 77,8 milhões de créditos reconhecidos, enquanto no Monumental, localizado na zona do Saldanha (Lisboa), esta sociedade é também a principal credora com quase 44 milhões de euros reclamados (dos quais 41 milhões são crédito garantido por hipoteca) num total que ascende a 79 milhões de euros.

Os centros comerciais Dolce Vita foram comprados em 2006 ao grupo Amorim pelo grupo espanhol Charmartín, que agora baixou definitivamente os braços em Portugal. Além destes quatro imóveis que foram decretados falidos e colocados à venda, o espaço de Braga foi deixado nas mãos da Caixa Geral de Depósitos – será relançado em 2016 com o nome Nova Arcada e a gestão e comercialização a cargo da Sonae Sierra – e o do Tejo foi vendido em Janeiro deste ano ao Eurofund Investments.

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