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Dolce Vita Monumental está falido e vai ser posto à venda

O centro comercial Dolce Vita Monumental, em Lisboa, está falido e vai ser posto à venda, seguindo o destino dos congéneres do Porto, Vila Real e Coimbra, também detidos pelo grupo espanhol Chamartín, disse à Lusa o administrador de insolvência.

Negócios 15 de Maio de 2015 às 12:06
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De acordo com Jorge Calvete, o processo do Monumental (que inclui um complexo de escritórios) está "numa fase mais atrasada" do que os restantes e decorrem ainda as "avaliações e reavaliações" do respectivo património, mas "o destino é a venda".

"Não havendo plano de recuperação, os credores já deliberaram que vai para liquidação", afirmou, referindo-se à decisão da assembleia de credores realizada no passado dia 12 de Março no Tribunal de Comércio de Lisboa, que se seguiu à sentença de declaração de insolvência da Monucontrol - Sociedade Imobiliária do Monumental, proprietária do Dolce Vita Monumental, proferida em 30 de Dezembro de 2014.

Segundo se lê no relatório do administrador, os créditos sobre a Monucontrol reconhecidos em sede de insolvência ascendem a perto de 79,134 milhões de euros, sendo o principal credor - tal como nos processos do Dolce Vita Porto e Vila Real - a LSREF3 Octopus Investments, sociedade que pertence à norte-americana Lone Star, com quase 44 milhões de euros reclamados (dos quais 41 milhões são crédito garantido por hipoteca).

A falência do Dolce Vita Monumental - centro comercial localizado no coração da cidade de Lisboa, na praça Duque de Saldanha, com uma área bruta locável de 5.453 metros quadrados, 43 lojas e quatro salas de cinema - segue-se à dos shoppings da mesma insígnia localizados no Porto, Vila Real e Coimbra.

"Shoppings" Dolce Vita Porto, Coimbra e Douro falidos e à venda


O Negócios avançou esta quarta-feira, 13 de Maio, que os shoppings do Porto, Coimbra e Vila Real, foram decretados falidos e colocados à venda pelo administrador de insolvência das sociedades detentoras destes três centros comerciais.

De acordo com o anúncio da venda dos activos da Novantas II, sociedade que detém o Dolce Vita Porto, situado junto ao Estádio do Dragão, o valor-base de alienação deste "shopping" está fixado em 41,5 milhões de euros, um preço que se situa bastante abaixo dos 111 milhões de euros de créditos reconhecidos em sede de processo de insolvência.

Já o anúncio de alienação dos bens da Aplicação Urbana VII, empresa proprietária do Dolce Vita Douro, situado em Vila Real, fixa em 43,4 milhões de euros o valor-base de venda deste "shopping", que foi decretado insolvente com uma dívida de 64,3 milhões de euros.

As propostas para a aquisição destes centros comerciais deverão ser entregues no escritório do administrador de insolvência, Jorge Calvete, nos próximos 10 dias, tendo a abertura das mesmas sido marcada para o dia 29 de Maio.

Serão admitidas propostas tanto para a compra como para a dação em cumprimento dos activos. Como a avaliação de ambos os centros comerciais "é inferior ao conjunto de créditos garantidos por hipoteca de primeiro grau, a dação em cumprimento apenas poderá ser realizada a favor de credores hipotecários de primeiro grau".

Significa isto que, na ausência de propostas que possam ser consideradas mais vantajosas, os Dolce Vita do Porto e de Vila Real poderão vir a ficar nas mãos do seu credor hipotecário, a LSREF3 Octopus Investments, sociedade que pertence à "private equity" norte-americana Lone Star, a mesma que adquiriu recentemente a empresa responsável pelo desenvolvimento do "resort" de Vilamoura. 

 

A LSREF3 Octopus detém 100,8 milhões dos 111,1 milhões de euros de créditos do Dolce Vita Porto e 60,6 milhões dos 64,3 milhões do Dolce Vita Douro.

 

O Negócios sabe que o Dolce Vita Coimbra, que também está falido e onde a LSREF3 é credora de 77,4 milhões dos 77,8 milhões de créditos reconhecidos, também deverá ser colocado à venda em breve.

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