O resultado líquido da Galp Energia fixou-se em 50 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, o que compara com os 43 milhões de euros obtidos em 2011, de acordo com o comunicado emitido esta manhã para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este resultado fica acima das estimativas dos analistas do CaixaBI e do BPI que apontavam para um lucro de 47 e 48 milhões de euros, respectivamente.

“Este aumento deveu-se ao melhor desempenho dos segmentos de negócio de Exploração & Produção e de Gas & Power na sequência do aumento da produção proveniente do Brasil, e do preço do crude, e do aumento dos volumes de gás natural na actividade de trading, respectivamente”, explica a empresa no mesmo comunicado.

As receitas da petrolífera liderada por Ferreira Oliveira aumentaram 26,3% para 4,79 mil milhões de euros. O maior aumento foi verificado na área de exploração e produção (33,1%), mas é da refinação e distribuição que vem a maior fatia de receitas da Galp (4,02 mil milhões de euros).

Nos primeiros três meses do ano, a Galp observou também um aumento de 25,1% dos custos operacionais para 4,6 mil milhões, muito devido aos custos das mercadorias vendidas, que cresceram 26,7% para 4,27 mil milhões de euros. Esta evolução justifica-se “sobretudo devido à subida dos preços do crude e do gás natural nos mercados internacionais.”

O EBITDA da empresa aumentou 47,7% para 200 milhões de euros.

A Galp teve também um acréscimo das provisões, que passaram de um milhão no primeiro trimestre de 2011 para 10 milhões no período em análise. A petrolífera explica que esta evolução se deve “essencialmente às provisões nos segmentos de negócio de Exploração & Produção e de Refinação & Distribuição. As provisões no negócio de Exploração & Produção deveram-se sobretudo a provisões para abandono do campo BBLT no bloco 14 em Angola, enquanto no negócio de Refinação & Distribuição se deveram essencialmente a clientes de cobrança duvidosa e provisões relativas a outros riscos e encargos.”

Os resultados financeiros agravaram-se de -29 milhões para -41 milhões sobretudo devido ao “aumento da dívida média.”

(Notícia actualizada às 7h45 com mais detalhes sobre os resultados)