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Lucro do grupo chinês Tencent aumenta 46% no primeiro semestre

O grupo destacou que, durante este período, foram alcançadas taxas de crescimento "saudáveis", em setores como serviços empresariais ou publicidade.

As empresas tecnológicas chinesas estão na mira dos fundos de investimento. Num ano em que os produtos que investem em acções com exposição à China estão entre os que mais sobem - com valorizações até 30% a 12 meses - , a Tencent é uma das maiores participações nas carteiras. A empresa de redes sociais e aplicações para telemóveis valoriza pouco mais de 1% em 2018, mas as avaliações dos analistas atribuem um potencial de subida de 27% às acções da companhia, com 96% de recomendações positivas. O facto de muitos sites e aplicações ocidentais, como o Google ou o Facebook, terem restrições de utilização na China, favorece os serviços da Tencent.
reuters
18 de Agosto de 2021 às 13:06
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O lucro do grupo chinês Tencent aumentou 46%, em termos homólogos, nos primeiros seis meses do ano, para 90.354 milhões de yuans (11.896 milhões de euros), informou esta quarta-feira a empresa. Nos resultados que apresentou à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Tencent destacou que, no primeiro semestre, a faturação cresceu 23%, em relação ao mesmo período de 2020, atingindo 273.562 milhões de yuans (36.014 milhões de euros).

No segundo trimestre do ano, o lucro líquido foi de 42.587 milhões de yuans (5.606 milhões de euros), o que representa um aumento de 29%, em relação ao ano anterior, mas uma queda de 11%, em relação ao primeiro trimestre de 2021. Entre abril e junho, a faturação da Tencent, dona da aplicação WeChat, aumentou 20%, em termos homólogos, para 138.259 milhões de yuans (18.201 milhões de euros).

O grupo destacou que, durante este período, foram alcançadas taxas de crescimento "saudáveis", em setores como serviços empresariais ou publicidade, enquanto a indústria dos jogos 'online' - uma das suas principais fontes de receita, mas sob aparente escrutínio de Pequim devido ao impacto entre os mais jovens -- "beneficiaram do crescimento internacional".

A maioria da receita (52%) continua proveniente do que a empresa chama de "serviços de valor agregado", que englobam setores-chave como os jogos 'online' e redes sociais. A empresa detém a aplicação móvel WeChat, a rede social mais utilizada na China. No final de junho, o WeChat somava 1.251 milhões utilizadores ativos mensais. As receitas deste setor subiram 11% no segundo trimestre, com os jogos a faturar mais 12% e as redes sociais 9%.

O volume de negócios no segmento de tecnologia financeira ('fintech') aumentou 40%, em termos homólogos, para 41.892 milhões de yuans (5.516 milhões de euros), representando 30% da receita total da Tencent. Em relação ao futuro, a Tencent deixou claro que vai atender as exigências de Pequim, numa altura em que as autoridades do país asiático iniciaram uma campanha regulatória no setor da tecnologia.

A empresa perdeu mais de 43% do seu valor na Bolsa de Valores de Hong Kong, desde o pico do ano, no final de janeiro. O grupo frisou que vai aplicar medidas restritivas no acesso dos menores a jogos 'online' e que, nos seus negócios 'fintech' - um dos setores na mira de Pequim -- vai continuar a "apoiar o crescimento das pequenas e médias empresas".
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