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Lucro dos CTT cai 38% para 3,7 milhões até março

Os CTT fecharam o primeiro trimestre com uma queda de 38% dos lucros, resultados que ficaram abaixo das estimativas dos analistas.

29 de Abril de 2019 às 17:42
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Os resultados líquidos dos CTT continuam em queda. No primeiro trimestre deste ano recuaram 38% para 3,7 milhões de euros. Os analistas do CaixaBank BPI estimavam um lucro de 4 milhões de euros.

Em comunicado emitido esta segunda-feira à CMVM, os Correios informam ainda que o EBITDA (resultado antes de juros, impostos amortizações depreciações) seguiu a mesma tendência, tendo recuado 7,5% para 21 milhões de euros. Um valor também inferior ao previsto pelos analistas que apontavam para um EBITDA de 23 milhões de euros. Esta  performance é explicada pela empresa liderada por Francisco Lacerda pelo "desempenho dos segmentos de Correio e  Expresso & Encomendas".

No geral, as receitas totais dos CTT estabilizaram, tendo alcançado os 176,9 milhões de euros, valor semelhante ao do período homólogo do ano anterior. O crescimento das áreas de serviços financeiros (31,1%), do Banco CTT (18,9%) e Expresso & Encomendas (2%) compensaram a queda de mais de 3% do correio. Esta última redução deve-se "à queda do tráfego de correio endereçado, pressionada por alterações no calendário de envio dos avisos de IMI do primeiro para o segundo trimestre, alteração que também se verificará do terceiro para o quarto trimestre, atenuada pela evolução positiva do mix de produtos (crescimento das receitas do correio registado e do correio internacional) e pelo aumento dos preços do Serviço Universal em 4,7% face ao período homólogo", detalham os CTT.

Apesar das receitas terem estabilizado, o resultado líquido foi influenciado pela performance do EBIT (resultados operacionais), que recuou 20,4% para 14 milhões, a qual foi impactada por "itens específicos", no valor de 5,6 milhões de euros, maioritariamente derivados das indemnizações pagas por rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo no âmbito do plano de reestruturação em curso.

Por sua vez, os gastos operacionais cresceram 1,1% para 155,9 milhões de euros, "devido ao aumento dos gastos diretos da atividade nas áreas de negócio do Expresso e Encomendas e do Banco CTT, verificando-se reduções nas áreas de negócio do Correio e Outros e Serviços Financeiros, resultantes da implementação do Plano de Transformação Operacional".

Analisando pelos diferentes items, os gastos com pessoal recuaram 0,1% para 85,9 milhões de euros, ao passo que os relacionados com fornecedores de serviços externos e outros aumentaram 1,8% para 63,2 milhões e 10,4% para 6,7 milhões de euros, respetivamente.

No que toca às diferentes áreas de negócio, os CTT sublinham o crescimento das receitas dos serviços financeiros em 31,1% para os 7,8 milhões de euros), em resultado da continuação da recuperação da colocação dos títulos de dívida pública iniciada em novembro de 2018.

Além disso, destacam que o Banco CTT apresentou um crescimento dos rendimentos (de 18,9% para os 9 milhões de euros), sobretudo devido ao crescimento da margem financeira. Por outro lado, foram impactadas negativamente pelos pagamentos e transferências (uma queda de 300 mil euros).


(Notícia atualizada às 18:20 com mais informação)

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