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Johnson Controls e Tyco International avançam com fusão

A aliança entre as duas companhias, que deverá estar concluída até Setembro, visa criar um gigante na tecnologia para gestão e segurança de edifícios. E representará sinergias operacionais de 463 milhões de euros.

25 de Janeiro de 2016 às 16:47
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A Johnson Controls e a Tyco International anunciaram esta segunda-feira, 25 de Janeiro, ter chegado a acordo para se fundirem, gerando sinergias operacionais de 500 milhões de dólares (463 milhões de euros) nos três anos posteriores ao negócio. E ainda 150 milhões de dólares em poupanças fiscais.

Num comunicado conjunto, a Johnson Controls e a Tyco International explicam que esta aliança visa criar um grupo de peso na tecnologia para gestão de edifícios e em soluções integradas para armazenamento de energia.

"A combinação entre a Johnson Controls e a Tyco representa a próxima fase da nossa transformação numa companhia multi-industrial líder", frisou o "chairman" e presidente executivo da Johnson Controls, Alex Molinaroli. "Com o seu negócio mundial de protecção contra incêndios e segurança, a Tyco potencia o nosso portefólio de edifícios e futuras possibilidades de crescimento em todas as nossas actividades", acrescentou, salientando ainda que esta transacção permitirá aumentar a capacidade de investimento, desenvolver novos produtos e devolver capital aos accionistas.

"Captar melhor as oportunidades criadas por uma maior conectividade entre as casas, edifícios e cidades" foi também a justificação dada pelo presidente da Tyco, George R. Oliver, para a aliança entre as duas companhias.
 

Segundo a Bloomberg, que cita o The Wall Street Journal, esta operação está avaliada em 20 mil milhões de dólares (18,5 mil milhões de euros).


A intenção é que a futura empresa se destaque em produtos, tecnologia e serviços de controlo de acessos, protecção contra incêndios, climatização e armazenamento de energia para prédios, edifícios comerciais, fábricas, pequenos negócios e habitações.

Os accionistas da Jonhson Controls passarão a deter 56% da nova companhia e receberão 3,9 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros). Já os donos da Tyco assumirão 44% do capital.

Quando a fusão estiver formalmente concretizada - previsivelmente até Setembro, embora ainda dependa da aprovação das entidades reguladoras –, a nova empresa deverá cotar em Nova Iorque. E ter sede fiscal em Cork, na Irlanda, onde está a Tyco, tirando partido dos baixos impostos praticados no país.

A fusão marcará o desaparecimento de um dos últimos vestígios da Tyco, outrora um conglomerado com presença em vários sectores, que viria a desmanchar-se em múltiplas empresas, depois de o presidente executivo e o director financeiro terem sido forçados a sair, em 2002, e posteriormente presos.

Em 2007, o grupo autonomizou a sua divisão de cuidados de saúde, a Covidien, e a de electrónica, a Tyco Electronics (TE), que se tornaram independentes da casa-mãe. É esta TE que possui uma fábrica de relés, uma pequena peça para automóveis, em Évora.


Já a Johnson Controls prossegue com os seus planos para autonomizar a sua unidade de negócio dedicada aos componentes automóveis.

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