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JM apela a incentivos fiscais para internacionalização

O presidente da Jerónimo Martins, Soares dos Santos apelou à ministra das Finanças, Ferreira Leite, a introdução de incentivos fiscais para a internacionalização das empresas nacionais, defendendo a fusão como meio de sobrevivência na globalização.

23 de Setembro de 2002 às 08:53
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O presidente da Jerónimo Martins, Soares dos Santos apelou à ministra das Finanças, Ferreira Leite, a introdução de incentivos fiscais para a internacionalização das empresas nacionais, defendendo a fusão como meio de sobrevivência na globalização.

No Congresso Nacional da Associação Cristã dos Empresários e Gestores (ACEGE) realizado sábado passado, o presidente da JM apelou a Ferreira Leite a necessidade de incentivos fiscais para a internacionalização das empresas nacionais num mundo globalizado.

«Um dos problemas que existe é a internacionalização das empresas portuguesas», referiu Soares dos Santos, dando o exemplo da empresa por si liderada.

Soares dos Santos apontou a «falta de massa crítica» face aos adversários como responsável pelos desinvestimentos da JM [JMAR] no Brasil.

A distribuidora nacional alienou os supermercados Sé no Brasil ao grupo Pão de Açúcar e pretende vender a sua posição nos supermercados no âmbito da parceria com o Grupo Martins & Martins.

«É preciso criar incentivos fiscais» para a internacionalização das empresas e para a fusão, sob pena de «no futuro restarem muito poucas empresas portuguesas», acrescentou Soares dos Santos.

O presidente da segunda maior distribuidora nacional [JMAR] é favorável à fusão entre empresas portuguesa para ganharem dimensão para fazer face aos desafios da globalização das economias.

Em resposta a Soares dos Santos, Ferreira Leite afirmou que «não se pode, pelo menos no próximo ano, aumentar os incentivos fiscais à internacionalização», devido à consequente «perda de receita para Orçamento de Estado», que não poderá acontecer para o cumprimento das metas de défice orçamental.

A internacionalização «é algo que deve ser apoiado», disse Ferreira Leite.

No entanto, Ferreira Leite explicou que antes dos apoios estatais à internacionalização, as empresas têm que alcançar o «equilíbrio das suas contas».

«Não há apoios governamentais que consigam ultrapassar esta questão», acrescentou a ministra das Finanças, que falava sobre os conceitos de globalização, o desenvolvimento e a ética.

Soares dos Santos não quis comentar ao Negocios.pt, a eventual necessidade da JM proceder a fusões no sector distribuidor nacional, salientando que a «JM não é uma grande empresa», no seio da economia mundial.

As acções da JM cotavam inalteradas nos 5,98 euros.

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