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JLL prevê faturar 90 milhões de euros em 2021 e atinge melhor ano de sempre no imobiliário residencial
Todas as áreas em que a empresa opera "superaram os objetivos inicialmente propostos, tanto no imobiliário comercial como nas áreas de imobiliário residencial e de 'design & build'" onde irá "alcançar o melhor ano de sempre", indica o CEO.
28 de Dezembro de 2021 às 10:02
A consultora imobiliária JLL estima faturar 90 milhões de euros em 2021, garantindo que atingiu o melhor ano de sempre no segmento residencial, de acordo com o presidente executivo (CEO) da empresa, Pedro Lencastre.
Em resposta por escrito à Lusa, o responsável indicou que, em termos de atividade, a empresa está "muito em linha com os valores de 2019", sendo que ainda não há "números fechados", mas estima "um crescimento de 5% face a 2019".
De acordo com Pedro Lencastre, todas as áreas em que a empresa opera "superaram os objetivos inicialmente propostos, tanto no imobiliário comercial como nas áreas de imobiliário residencial e de 'design & build'" onde irá "alcançar o melhor ano de sempre".
Em declarações à Lusa, Patrícia Barão, diretora da área de residencial/habitação da JLL, adiantou que a empresa estima que o mercado português, globalmente, "em 2021 possa chegar aos 30 mil milhões de euros investidos em compra de habitação", com um total de cerca de 191 mil casas vendidas, valores superiores aos obtidos em 2019.
Além disso, segundo a mesma responsável, houve uma alteração no perfil dos clientes. "Em 2019, 60% dos nossos clientes eram internacionais e 40% eram nacionais. Em 2021 registamos uma reversão destas percentagens. Temos 60% nacionais e 40% internacionais", destacou.
"Há um mercado muito dinâmico na compra em planta. O que mostra confiança e resiliência muito grande no panorama do imobiliário em geral", de acordo com Patrícia Barão, que salientou que houve "um período de confinamento e, com isso, também veio a incapacidade de se poder viajar. O mercado internacional sofreu muito nessa altura".
De acordo com informação enviada pelo grupo, "há um abrandamento no ritmo de subida dos preços", sendo que, no caso de Lisboa, à "medida que o centro da cidade tem preços em patamares mais altos e produtos nos segmentos mais elevados, emergem diversas zonas com uma oferta de grande qualidade a preços mais acessíveis. Além disso, há maior apetência por zonas secundárias onde é possível adquirir casas maiores a preços inferiores, uma relocalização que também veio ser possível para muitas famílias devido aos novos modelos de trabalho. Entre as zonas emergentes destacam-se Alcântara e Marvila, em Lisboa, e Oeiras, na Área Metropolitana".
Por outro lado, "os valores 'prime' de zonas como Chiado/Príncipe Real, Lapa/Estrela e Avenidas Novas aumentaram ligeiramente", com o Chiado e a Avenida da Liberdade a liderar neste segmento, "com preços na ordem dos 10.500Euro/m2 [metro quadrado]".
Pedro Lencastre, por sua vez, sublinhou que, "tendo em conta que no último semestre de 2021 o setor imobiliário conseguiu retomar os níveis de atividade de anos anteriores", acredita "que o mercado reúne todas as condições para ganhar robustez ao longo de 2022".
"O segmento dos escritórios é um dos que mais se transformará a curto prazo devido à pandemia", defendeu Pedro Lencastre, salientando que, "apesar da massificação do teletrabalho, está provado que a comunicação e a troca de ideias presencial leva a um aumento de produtividade".
Assim, referiu, "as empresas vão querer atrair e reter talento com uma reorganização dos seus espaços de trabalho, ao implementarem zonas sociais/lazer e espaços cada vez mais colaborativos, recorrendo às novas tecnologias e relevando uma preocupação crescente com o bem-estar dos colaboradores, no intuito de transformar o espaço de trabalho num local mais apetecível do que o conforto do 'home office' [escritório em casa]".
De acordo com o CEO da JLL em Portugal, "2022 será também o ano" em que não se pode "ignorar a importância da sustentabilidade no setor imobiliário e da construção, que são no seu conjunto responsáveis por cerca de 40% das emissões de carbono".
"Nisto, a sustentabilidade assume-se como fator decisivo: querem-se projetos energeticamente mais eficientes e construções de melhor qualidade -- e em alguns casos estes requisitos já não são apenas uma necessidade, mas uma condição para o negócio, estando comprovado que os investidores que integram os desafios sociais e ambientais nos seus modelos de negócio têm também mais possibilidades de sustentar a sua atividade no longo prazo", destacou.
No final deste ano, a JLL contará com "343 colaboradores, distribuídos pelos escritórios de Lisboa e Porto e também pelas lojas de Lisboa, Porto, Cascais, Comporta e Algarve", rematou.
Em resposta por escrito à Lusa, o responsável indicou que, em termos de atividade, a empresa está "muito em linha com os valores de 2019", sendo que ainda não há "números fechados", mas estima "um crescimento de 5% face a 2019".
Em declarações à Lusa, Patrícia Barão, diretora da área de residencial/habitação da JLL, adiantou que a empresa estima que o mercado português, globalmente, "em 2021 possa chegar aos 30 mil milhões de euros investidos em compra de habitação", com um total de cerca de 191 mil casas vendidas, valores superiores aos obtidos em 2019.
Além disso, segundo a mesma responsável, houve uma alteração no perfil dos clientes. "Em 2019, 60% dos nossos clientes eram internacionais e 40% eram nacionais. Em 2021 registamos uma reversão destas percentagens. Temos 60% nacionais e 40% internacionais", destacou.
"Há um mercado muito dinâmico na compra em planta. O que mostra confiança e resiliência muito grande no panorama do imobiliário em geral", de acordo com Patrícia Barão, que salientou que houve "um período de confinamento e, com isso, também veio a incapacidade de se poder viajar. O mercado internacional sofreu muito nessa altura".
De acordo com informação enviada pelo grupo, "há um abrandamento no ritmo de subida dos preços", sendo que, no caso de Lisboa, à "medida que o centro da cidade tem preços em patamares mais altos e produtos nos segmentos mais elevados, emergem diversas zonas com uma oferta de grande qualidade a preços mais acessíveis. Além disso, há maior apetência por zonas secundárias onde é possível adquirir casas maiores a preços inferiores, uma relocalização que também veio ser possível para muitas famílias devido aos novos modelos de trabalho. Entre as zonas emergentes destacam-se Alcântara e Marvila, em Lisboa, e Oeiras, na Área Metropolitana".
Por outro lado, "os valores 'prime' de zonas como Chiado/Príncipe Real, Lapa/Estrela e Avenidas Novas aumentaram ligeiramente", com o Chiado e a Avenida da Liberdade a liderar neste segmento, "com preços na ordem dos 10.500Euro/m2 [metro quadrado]".
Pedro Lencastre, por sua vez, sublinhou que, "tendo em conta que no último semestre de 2021 o setor imobiliário conseguiu retomar os níveis de atividade de anos anteriores", acredita "que o mercado reúne todas as condições para ganhar robustez ao longo de 2022".
"O segmento dos escritórios é um dos que mais se transformará a curto prazo devido à pandemia", defendeu Pedro Lencastre, salientando que, "apesar da massificação do teletrabalho, está provado que a comunicação e a troca de ideias presencial leva a um aumento de produtividade".
Assim, referiu, "as empresas vão querer atrair e reter talento com uma reorganização dos seus espaços de trabalho, ao implementarem zonas sociais/lazer e espaços cada vez mais colaborativos, recorrendo às novas tecnologias e relevando uma preocupação crescente com o bem-estar dos colaboradores, no intuito de transformar o espaço de trabalho num local mais apetecível do que o conforto do 'home office' [escritório em casa]".
De acordo com o CEO da JLL em Portugal, "2022 será também o ano" em que não se pode "ignorar a importância da sustentabilidade no setor imobiliário e da construção, que são no seu conjunto responsáveis por cerca de 40% das emissões de carbono".
"Nisto, a sustentabilidade assume-se como fator decisivo: querem-se projetos energeticamente mais eficientes e construções de melhor qualidade -- e em alguns casos estes requisitos já não são apenas uma necessidade, mas uma condição para o negócio, estando comprovado que os investidores que integram os desafios sociais e ambientais nos seus modelos de negócio têm também mais possibilidades de sustentar a sua atividade no longo prazo", destacou.
No final deste ano, a JLL contará com "343 colaboradores, distribuídos pelos escritórios de Lisboa e Porto e também pelas lojas de Lisboa, Porto, Cascais, Comporta e Algarve", rematou.