Notícia
Venda de casas pode bater máximos em 2021 com transações de 30 mil milhões
A pandemia não travou a venda de casas em Portugal. Segundo as estimativas da imobiliária JLL, o volume total de transações em 2021 deverá atingir os 33 mil milhões de euros, com destaque para o segmento residencial, onde se prevêem novos máximos.
29 de Dezembro de 2021 às 15:17
O mercado imobiliário parece imune aos efeitos da pandemia. Em 2021, deverá ser batido um novo recorde no volume de transações no segmento residencial. As contas são da imobiliária JLL, que antecipa um valor total de transações de 33 mil milhões de euros, mais 10% face aos 28,9 mil milhões do ano passado. Deste montante, 30 mil milhões de euros dizem respeito a habitação. Espera-se que sejam vendidas 191 mil unidades.
A concretizar-se a previsão, este valor será um novo máximo neste segmento, e uma subida de 15% face a 2020. No ano passado, o valor fixou-se em 26,2 mil milhões de euros, resultado da venda de 165,7 mil casas, também de acordo com números da JLL. Estes valores foram semelhantes aos registados em 2019, antes da pandemia.
O dinamismo do mercado não é semelhante noutros segmentos, como o comercial, onde o volume de transações deverá chegar a 1,9 mil milhões de euros, um valor 30% inferior aos 2,8 mil milhões registados no ano passado.
Os escritórios deverão representar 40% deste montante, seguido dos segmentos alternativos, com mais de 30%, refere a análise da consultora. Já os hotéis poderão significar 10% a 15% do montante investido este ano.
Segundo a imobiliária, "a perda de dinâmica ocorre, por um lado, devido aos atrasos na conclusão de operações de grande dimensão devido ao contexto de restrições que vigoraram ao longo do ano, e por outro lado, devido à escassez de produto para investimento em certos segmentos do mercado".
Estão ainda estimados pela JLL mais de mil milhões de euros em operações de promoção imobiliária.
Para o CEO da JLL, Pedro Lancastre, "o imobiliário tem sido fundamental para a recuperação da economia". Esse contributo "é especialmente visível na habitação, onde mais do que um setor a resistir, vemos um setor com uma vitalidade acrescida e níveis de procura que estão em máximos históricos", destaca o responsável.
No que toca ao imobiliário comercial, o CEO refere que "continua a atrair capital estrangeiro e só não se mostrou mais dinâmico devido a constrangimentos do lado da oferta e também nas dificuldades que ainda persistem em termos de restrições pandémicas, o que tem atrasado a conclusão de muitas operações".
O especialista garante que "não há falta de robustez nem de procura no mercado nacional como se comprova pela "estreia" de alguns investidores internacionais, que fizeram algumas das principais transações do ano, mesmo num contexto de maior incerteza".
Face aos valores de 2022, Pedro Lancastre tem "boas perspetivas" para 2022. "O mercado reúne todas as condições para ganhar robustez ao longo do próximo ano, pois existe uma procura real para escritórios e para habitação, e, no que respeita ao investimento, Portugal continua a estar muito bem posicionado para disputar a elevada liquidez disponível no panorama internacional.
Apesar da pandemia, o mercado "não perdeu atratividade para a procura estrangeira, quer seja para compra de produto final, quer para compra como investimento, e ao mesmo tempo há uma crescente dinâmica no mercado doméstico para ocupação de escritórios e venda de habitação, bem como para investimento", conclui.
A concretizar-se a previsão, este valor será um novo máximo neste segmento, e uma subida de 15% face a 2020. No ano passado, o valor fixou-se em 26,2 mil milhões de euros, resultado da venda de 165,7 mil casas, também de acordo com números da JLL. Estes valores foram semelhantes aos registados em 2019, antes da pandemia.
Os escritórios deverão representar 40% deste montante, seguido dos segmentos alternativos, com mais de 30%, refere a análise da consultora. Já os hotéis poderão significar 10% a 15% do montante investido este ano.
Segundo a imobiliária, "a perda de dinâmica ocorre, por um lado, devido aos atrasos na conclusão de operações de grande dimensão devido ao contexto de restrições que vigoraram ao longo do ano, e por outro lado, devido à escassez de produto para investimento em certos segmentos do mercado".
Estão ainda estimados pela JLL mais de mil milhões de euros em operações de promoção imobiliária.
Para o CEO da JLL, Pedro Lancastre, "o imobiliário tem sido fundamental para a recuperação da economia". Esse contributo "é especialmente visível na habitação, onde mais do que um setor a resistir, vemos um setor com uma vitalidade acrescida e níveis de procura que estão em máximos históricos", destaca o responsável.
No que toca ao imobiliário comercial, o CEO refere que "continua a atrair capital estrangeiro e só não se mostrou mais dinâmico devido a constrangimentos do lado da oferta e também nas dificuldades que ainda persistem em termos de restrições pandémicas, o que tem atrasado a conclusão de muitas operações".
O especialista garante que "não há falta de robustez nem de procura no mercado nacional como se comprova pela "estreia" de alguns investidores internacionais, que fizeram algumas das principais transações do ano, mesmo num contexto de maior incerteza".
Face aos valores de 2022, Pedro Lancastre tem "boas perspetivas" para 2022. "O mercado reúne todas as condições para ganhar robustez ao longo do próximo ano, pois existe uma procura real para escritórios e para habitação, e, no que respeita ao investimento, Portugal continua a estar muito bem posicionado para disputar a elevada liquidez disponível no panorama internacional.
Apesar da pandemia, o mercado "não perdeu atratividade para a procura estrangeira, quer seja para compra de produto final, quer para compra como investimento, e ao mesmo tempo há uma crescente dinâmica no mercado doméstico para ocupação de escritórios e venda de habitação, bem como para investimento", conclui.