A Santoro, empresa da empresária angolana Isabel dos Santos que detém 19,39% do BPI, está disponível para acompanhar futuros aumentos de capital do banco. “Com certeza”, respondeu Mário Leite da Silva ao Negócios à saída da assembleia-geral de accionistas do BPI, que decorreu esta manhã na Casa da Música, no Porto.

Perante a insistência do Negócios, Mário Leite da Silva acabou por ser mais específico: “Quando isso vier a acontecer, com certeza que estaremos disponíveis para estudar todas as possibilidades”.

“Estamos a aguardar” a resposta do Banco de Portugal sobre o plano de recapitalização. “É tudo o que podemos dizer”.

Os bancos portugueses tiveram de entregar planos de recapitalização ao Banco de Portugal, que incluem a injecção de dinheiro através dos seus accionistas e/ou outros investidores e a participação do Estado neste processo. O BPI já disse não querer que o Estado entre directamente no capital do banco, esperando assim que este operação seja feita apenas através de “CoCos”, que são títulos de dívida passíveis de serem convertíveis em acções.

Os bancos terão de submeter os seus planos de recapitalização ao Banco de Portugal. Só depois desta entrega e análise por parte do supervisor é que haverá “luz verde” para o pedido de ajuda do Estado. E depois desta entrada, as instituições terão de submeter anualmente uma actualização do plano de recapitalização.

Relativamente à AG, durante a qual se manteve em silêncio, Mário Leite da Silva afirmou que correu “muito bem”.