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Há uma nova corrida para a Fórmula Um: a bolsa

O campeonato de corridas de alta velocidade poderá vir a ser cotado em bolsa, o que deverá avaliá-lo em mais de 10 mil milhões de dólares. Será um Grande Prémio? A verdade é que há muitas curvas nesta nova temporada da história da Fórmula Um.

20 de Março de 2012 às 10:19
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A Fórmula Um deverá estar a correr para a bolsa. A Fórmula 1 arrancou este fim-de-semana na Austrália mas é outra prova que está a centrar as atenções da imprensa. A venda de uma participação do campeonato automóvel para se estrear nos mercados parece estar em cima da mesa, embora o trajecto não esteja livre de obstáculos.

A empresa que detém o controlo da Fórmula Um, a CVC Capital Partners, contratou o Goldman Sachs para explorar a venda de uma participação numa Operação Pública Inicial (IPO).

A notícia foi ontem avançada pela Sky News, estando hoje a ser assinalada pela agência Bloomberg. A Sky News avança, segundo um documento a que teve acesso, que a CVC terá contratado o Goldman Sachs para estudar os planos para colocar uma posição na Fórmula Um, que controla desde 2006, na bolsa nos próximos meses.

Fórmula Um valerá mais de 7,6 mil milhões de euros

Ambas as notícias indicam que o negócio poderá avaliar a Fórmula Um em 10 mil milhões de dólares (7,6 mil milhões de euros), sendo que a bolsa de Singapura poderá ser a escolha, indica uma fonte não identificada à Bloomberg.

De acordo com a página da CVC, a modalidade alcança receitas anuais de 1,17 mil milhões de euros, empregando 200 funcionários.

Segundo a agência de informação financeira, o CEO da Fórmula Um, Bernie Ecclestone, terá dito, em Novembro, que um IPO seria a melhor forma de sair do campeonato em vez de vendê-lo directamente a um comprador.

Ferrari e a participação na Fórmula Um

Onde estão, então, as curvas neste trajecto? A primeira está na notícia inicialmente avançada pela Sky News, com base em documentos confidenciais.

As negociações em curso para a distribuição das receitas comerciais da Fórmula Um, para o período entre 2013 e 2020, poderiam fazer com que a Ferrari se tornasse elegível para ser uma das suas accionistas directas. Também a Red Bull terá um negócio sobre os direitos comerciais distinto das restantes equipas.

O “Financial Times” escreve que o plano para dar acções e direitos de voto da marca à Ferrari será parte de uma estratégia para maximizar o seu valor na estreia em bolsa. Sete das 12 das equipas da Fórmula Um reuniram-se no domingo para discutir como reagir à notícia que dava conta de um negócio particular com a Ferrari, a marca que mais vezes participou nas corridas, e com a campeã Red Bull, e que lhes daria direito a lugares no conselho de administração da nova empresa cotada. A maior parte das equipas quer negociar uma divisão

Ao FT, Bernie Ecclestone não quis comentar os documentos inicialmente divulgados pela Sky News, dizendo, igualmente, que não sabe qual o valor de mercado da empresa que administra.

Aos vários órgãos de comunicação social, a CVC, o Goldman Sachs e a Ferrari recusaram quaisquer comentários.

Na Sky News, a notícia que envolve o IPO do campeonato, em que estão inseridos os Grandes Prémios do Mónaco ou Canadá, levou o CEO da British Sky Broadcasting, detida pela News Corp (de James Murdoch, filho de Rupert Murdoch), a intervir.

Jeremy Darroch obrigou a que a página de Internet da Sky retirasse a notícia, sujeitando-o a uma revisão. Alegadamente, terá havido pressão por parte de equipas da modalidade.

A corrida até à bolsa parece turtuosa, mas as notícias indicam que a CVC quer que a bandeira axadrezada, que indica o fim das provas, seja levantada nos próximos 12 meses.
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