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GSMA defende que “refarming” aumenta cobertura em 40%

A GSM Association, que representa mais de 700 operadores móveis e mais de 200 fabricantes em todo o mundo, apontou que a aprovação da utilização do espectro dos 900 Megahertz (MHz) para a oferta de serviços de terceira geração – o chamado "refarming" – au

26 de Junho de 2007 às 12:40
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A GSM Association, que representa mais de 700 operadores móveis e mais de 200 fabricantes em todo o mundo, apontou que a aprovação da utilização do espectro dos 900 Megahertz (MHz) para a oferta de serviços de terceira geração – o chamado "refarming" – aumentará em 300 milhões os utilizadores dos serviços de banda larga móvel até 2012, citando um estudo da Ovum realizado a seu pedido.

O espectro dos 900 MHz está actualmente "cedido" apenas às comunicações móveis ditos de segunda geração (GSM), sendo que em Portugal a Vodafone tem "combatido" pelo uso destas frequências também para o 3G, tendo mesmo a Anacom aprovado que esta operadora avançasse com alguns testes preliminares de tecnologias 3G nos 900MHz.

Segundo a GSMA, o facto do espectro nos 900MHz permitir um maior alcance das ondas rádio e uma maior cobertura em edifícios permitirá o aumento exponencial da cobertura de terceira geração, em especial nas zonas rurais. O estudo da Ovum aponta que uma rede de 3G na banda dos 900MHz consegue uma cobertura 40% maior que a mesma rede na banda dos 2.100MHz ou dos 1.800MHz – banda do 3G na Europa –, tendo exactamente o mesmo custo de investimento.

O custo/eficácia do 3G nos 900MHz, aponta a GSM Association no seu site, "teria particular impacto nos países em vias de desenvolvimento, muitos dos quais estão actualmente a olhar para o HSPA – tecnologia de acesso móvel à internet de alta velocidade– para fornecer internet em locais sem cobertura da rede fixa".

O estudo da Ovum salienta, porém, que o nível de sucesso do 3G nos 900MHz está intimamente ligado ao número de países que disponibilizarem este espectro, já que quanto maior for o mercado existente para esta tecnologia, maior serão as economias de escala para os fabricantes de equipamentos e infra-estruturas.

"Os Governos precisam de coordenar as suas políticas de espectro de forma a que o ‘arranque’ do HSPA na banda dos 900MHz seja global", considera Tom Phillips, responsável por assuntos regulatórios da GSMA, citado no site desta organização.

Com o estudo da Ovum em mão, a GSMA pede agora aos reguladores que planeiem em conjunto o "refarming" do espectro dos 900MHz. "Além de exigir investimentos iniciais mais baixos que o 3G/HSPA nos 2.100 ou 1.800MHz, uma rede de 3G nos 900MHz é mais custo/eficaz e permite mais qualidade no tráfego de voz e dados em comparação com o GSM", avança Stewart Anderton, consultor da Ovum que, porém, adverte: "A banda dos 900MHz é um dos espectros mais utilizados no mundo e por isso os reguladores deverão ter cuidado de forma a evitar interferências com os serviços GSM existentes".

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