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Grupo Mello vai investir 1.000 milhões até 2030

O grupo José de Mello vai investir 1.000 milhões de euros até 2030 na CUF,  Bondalti e Brisa, mas também em novas áreas de negócio de setores exportadores. Em 2021 obteve lucros de 58 milhões de euros.   

Miguel Baltazar/Negócios
07 de Junho de 2022 às 16:32
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O grupo José de Mello obteve no ano passado um resultado líquido consolidado de 58,2 milhões de euros, depois de em 2020 ter atingido lucros de 355,2 milhões com a mais-valia da venda de 40% da Brisa.


Na apresentação das contas de 2021, Salvador de Mello, CEO do grupo, explicou apenas que, expurgada a operação de venda da participação na concessionária de autoestradas, os resultados de 2020 teriam sido inferiores aos do ano passado.

De acordo com as contas do grupo, que consolida a participação de 17% na Brisa, de 100% na Bondalti, de 66% na CUF e de 70% na José de Mello Residências Séniores, o volume de negócios totalizou 1.033 milhões de euros e o EBITDA 138 milhões de euros, sendo que estes indicadores não são diretamente comparáveis com os apurados no período homólogo, uma vez que em 2020 o grupo ainda absorveu a atividade da Brisa relativa aos nove primeiros meses do ano, explicou.

Num encontro com jornalistas, Salvador do Mello sublinhou que a estratégia de crescimento do grupo passa por um plano de investimentos de cerca de 1.000 milhões de euros até 2030, e não apenas nos seus atuais ativos.

"O grupo está interessado em investir a partir de Portugal", afirmou o CEO do grupo Mello, acrescentando que as oportunidades a avaliar serão em setores "com características de exportação".

Nas suas principais participadas, o responsável realçou o investimento que a CUF irá fazer no novo hospital de Leiria, assim como o projeto que a Bondalti tem na fileira do hidrogénio, o qual candidatou às agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e  Resiliência (PRR). De acordo com Salvador de Mello, estes projetos no hidrogénio estão, contudo, "dependentes do apoio do PRR".

O CEO salientou ainda que "o grupo quer reforçar em novas áreas de negócio em Portugal", apontando a "oportunidades em setores exportadores" e admitindo "interesse pela área industrial".
  

Em 2021, de acordo com Salvador de Mello, CUF, Bondalti e Brisa somaram investimentos de cerca de 100 milhões de euros em Portugal, tendo as exportações do grupo atingido os 200 milhões de euros


De acordo com as contas do ano passado, os resultados operacionais aumentaram para 79 milhões de euros, sendo que o exercício de 2020 tinha sido impactado com a constituição de um conjunto significativo de provisões e imparidades, explicou.

Salvador de Mello sublinhou que nestes anos de pandemia "a vida foi muito difícil para as empresas e para o grupo José de Mello", mas frisou que não houve recurso ao lay-off nem foram feitos despedimentos. 


O passivo financeiro líquido do grupo era no final de 2021 de 998,9 milhões e os capitais próprios consolidados ascenderam a 876 milhões de euros, tendo a autonomia financeira aumentado para 36,1%. "A dívida deixou de ser tema", afirmou o CEO.

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