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Grupo ETE “perde” concessão dos Estaleiros Navais de Cabo Verde

Qualificada em primeiro lugar na corrida à subconcessão da Cabnave - Estaleiros Navais de Cabo Verde, a portuguesa ETE preparava-se para negociar os termos finais do contrato de 30 anos, mas o governo local acaba de anular o concurso.

Ainda em Dezembro passado, Luís Nagy, CEO da ETE, tinha dito que o grupo iria então negociar os termos finais da concessão da Cabnave, mas o governo local acaba de anular o concurso.
01 de Agosto de 2017 às 11:00
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Há menos de oito meses, a 9 de Dezembro passado, aquando das comemorações dos 80 anos do grupo, Luís Nagy, CEO da ETE - Empresa de Tráfego e Estiva, anunciou que este conglomerado empresarial pretendia que dentro de cinco anos a sua operação internacional representasse 30% a 40% do volume de negócios, contra os actuais cerca de 10%.

 

Cabo Verde foi então apontado como um dos mercados em que o grupo estava a investir, com Nagy a anunciar que a empresa tinha sido recentemente qualificada em primeiro lugar no concurso público internacional para a privatização da Cabnave - Estaleiros Navais de Cabo Verde, com sede na ilha de S. Vicente.

 

"A próxima etapa será a negociação financeira e dos termos finais do contrato de concessão para um período de 30 anos", acrescentou o CEO da ETE.

 

Mas já não vai haver negociações entre o grupo português e as autoridades locais. É que o governo cabo-verdiano acaba de anular este concurso.

 

"A proposta do grupo ETE tinha sido a seleccionada para a fase seguinte do processo que seria a fase da negociação, algo que não chegou a acontecer. Contudo, o novo Governo, ditado pelas eleições de 20 de Março de 2016, suspendeu o processo para que fosse analisado no sentido de se perceber se a estratégia definida estaria alinhada com a visão do governo para o sector marítimo e em particular para a Ilha de São Vicente", anunciou o governo de Cabo Verde.

 

O executivo cabo-verdiano, que "concluiu que a modalidade previamente definida para o processo de subconcessão da Cabnave não responde às exigências do novo enquadramento definido para o sector e para a ilha de São Vicente", aposta agora na criação de uma Zona Económica Especial de vocação marítima nesta ilha, que integrará toda a zona de jurisdição portuária do Porto Grande, incluindo a Cabnave.

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