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Grupo ETE quer triplicar internacionalização em cinco anos

O grupo, que está a comemorar o 80º aniversário, já arrancou com nova operação na Colômbia e qualificou-se em primeiro lugar no concurso para os estaleiros navais da ilha cabo-verdiana de S. Vicente.

Negócios 09 de Dezembro de 2016 às 18:01
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O grupo ETE, que esta sexta-feira celebrou o seu 80º aniversário, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República e da ministra do Mar, pretende que dentro de cinco anos a sua operação internacional represente 30% a 40% do volume de negócios, contra os actuais cerca de 10%.

Em comunicado, o grupo sublinha que a América Latina é um das regiões prioritárias. Na Colômbia, onde entrou há quatro anos, acaba de iniciar uma nova operação no rio Magdalena, que consiste no transporte fluvial, ao longo de quase 100 quilómetros, de agregados para construção de infra-estruturas.

 

Em curso, acrescenta, tem ainda operações portuárias com gruas flutuantes, transporte fluvial, apoio a obras marítimas e portuárias e ainda actividades de logística internacional através de parcerias locais.


Já no Uruguai, com a Transfluvial, a ETE tem em operação o transporte fluvial de madeira, em contrato continuado, para a maior fábrica de pasta de papel do mundo, operações de transbordo de carga a granel e transporte marítimo.

Cabo Verde é outro dos mercados em que o grupo está a investir. Segundo Luís Nagy, CEO da ETE, citado no comunicado, recentemente a empresa foi qualificada em primeiro lugar no concurso público internacional para a privatização da Cabnave, os estaleiros navais na ilha de S. Vicente, em Cabo Verde. "A próxima etapa será a negociação financeira e dos termos finais do contrato de concessão para um período de 30 anos", acrescenta.

O grupo salienta ainda a aposta na operação fluvial, enquanto resposta aos desafios ambientais. Para Luís Nagy, "sendo o grupo ETE o único operador a movimentar em Portugal cargas entre navios e barcaças, temos a obrigação de contribuir para o desenvolvimento do transporte fluvial de mercadorias e de alertar os decisores para a relevância estratégica da aposta neste modo de transporte, nomeadamente a nível ambiental".

Já o investimento que o grupo tem em curso na construção do cais fluvial de Castanheira do Ribatejo, que estará a operar no terceiro trimestre de 2017, "vai desenvolver o intermodalismo do Porto de Lisboa, ao garantir a ligação entre os diversos terminais deste porto e aquela zona logística", afirma ainda o CEO. Luís Nagy salienta o contributo que será dado para o descongestionamento rodoviário do perímetro urbano de Lisboa, pois estima-se uma redução na circulação de 250 a 750 camiões/dia.

O responsável avisa ainda que o desenvolvimento da economia nacional do mar implica "que o Estado Português defina e implemente com urgência uma estratégia nacional que contribua para projectar o seu enorme potencial".

"Existem entidades como o grupo ETE focadas no crescimento e na internacionalização deste hipercluster, mas para isso o Estado tem que oferecer às empresas nacionais a operar nas áreas da operação portuária, do transporte fluvial de mercadorias e, sobretudo, do transporte marítimo, condições e apoios semelhantes aos existentes nos restantes países comunitários", afirma.

Para Luís Nagy, o grupo "precisa deste contexto competitivo para manter e continuar a investir nas actividades que desenvolve em Portugal, mas também para exportar o seu conhecimento e a sua operação para outras geografias, contribuindo assim para fortalecer o peso de Portugal na economia do mar".

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