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Governo quer que Plano Juncker tenha regras mais flexíveis
Lisboa defende a necessidade de mudança das regras, pois os países com procedimentos por défice excessivo têm dificuldades para investir. Mas o comissário europeu Carlos Moedas sublinhou que Bruxelas já "fez um grande esforço" para flexibilizar o plano.
O Governo defende que a Comissão Europeia deve ser mais flexível nas regras do Plano Juncker, mas a Comissão Europeia diz que não há espaço para tal.
"Estamos a trabalhar junto com a Comissão Europeia no sentido de que algumas regras, que determinam as características dos investimentos a apoiar possam ser flexibilizadas", disse o ministro do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, esta sexta-feira, 26 de Fevereiro.
O ministro apontou que a "queda do investimento na Europa foi exactamente muito maior nos países que estão em situação de défice excessivo", o que se deveu à falta de investimento económico, primeiro devido à crise do subprime, depois pela crise das dívidas soberanas.
Questionado sobre a flexibilidade que o Governo português defende ser necessária, o comissário europeu Carlos Moedas disse que Bruxelas não tem mais flexibilidade para dar.
"O ministro Pedro Marques estava a pedir ainda mais flexibilidade, o que é normal e muitos países tem-no feito, isso faz parte da política", começou por responder. "Mas a Comissão já fez um grande esforço e já deu um grande passo nessa flexibilização desde o início", afirmou o comissário português responsável pela pasta europeia da investigação, ciência e inovação.