O Executivo decidiu “não aceitar qualquer proposta para a venda directa dos estaleiros navais”, anunciou Marques Guedes. Desta forma, pôs-se um “fim ao processo” de privatização, revelou.

O ministro da Defesa, Aguiar Branco, recordou que os apoios dados pelo Estado aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo “suscitaram várias dúvidas” a Bruxelas que concluiu que estes auxílios, no montante de 180 milhões de euros, terão de ser devolvidos ou os estaleiros ficam “impedidos de exercer actividade”, salientou.

“Perante confirmação de abertura de investigação aprofundada”, por parte da União Europeia, “o Governo decidiu encerrar definitivamente o processo de reprivatização dos Estaleiros”, afirmou Aguiar Branco durante a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

O ministro adiantou que o “Governo tem vindo a trabalhar num modelo alternativo que permita potenciar activo” em questão. Por isso, o Executivo vai “proceder à abertura de concurso para a subconcessão dos terrenos” dos Estaleiros Navais, bem como a venda internacional do navio Via Atlântida. Deverão ser ainda construídos dois navios nos Estaleiros, acrescentou.

O Governo vai reunir-se com os trabalhadores e a Câmara Municipal com o objectivo de dar nota dos detalhes que envolvem o processo.”

(Notícia actualizada às 11h15 com mais informação)

(Correcção: Por lapso, era referido Marques Mendes, quando se trata de Marques Guedes)