Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, apontou hoje que o Governo apoia o projecto dos CTT de criar um banco postal, realçando porém que antes de avançar, os CTT terão "que resolver algumas questões pendentes" em relação a esta nova instituição financeira.

Entre estas questões "pendentes", Paulo Campos sublinhou que "a relação com a Caixa Geral de Depósitos é um dos problemas por resolver", já que, recorde-se, os Correios inicialmente iriam avançar em parceria com a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira, tendo posteriormente "rasgado" este "casamento". "Quem tem o ‘dote’ somos nós" avançou na altura Luis Nazaré sobre o "rompimento" com a CGD.

O secretário de Estado, que falava à margem da apresentação do serviço "meuselo" dos CTT, apontou que, apesar de todas estas questões por resolver, o Banco Postal deverá ser uma mais-valia não apenas para a operadora postal, como também para os seus clientes e para o próprio Estado.

"[O Banco Postal] criará um novo serviço e dentro desse contexto pode resolver os problemas dos clientes dos CTT, os problemas dos próprios CTT. Porque será uma nova fonte de receita, e ajudará também o Estado porque cria um novo ‘player’", apontou Paulo Campos.

Luis Nazaré já apontou por várias vezes que os CTT têm o projecto do Banco Postal pronto, e que só precisam do "ok" do accionista (Estado) para o colocar no terreno. Um "ok", porém, que tarda a chegar. Questionado hoje sobre o ponto de situação do banco postal, Nazaré apontou que continua tudo na mesma.