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Galp investe 650 milhões em unidades de hidrogénio verde e biocombustíveis em Sines

Prevê-se que as duas novas unidades comecem a operar até ao final de 2025. 

Um quinto dos lucros conseguidos pelas 16 empresas do índice de referência nacional veio da Galp. A cotada que mais subiu os resultados no primeiro semestre foi, contudo, o BCP.
Alexandre Azevedo
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A Galp vai avançar com dois investimentos de larga escala na refinaria de Sines, no valor de 650 milhões de euros. Num comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a energética diz tratar-se de uma forma de reduzir a pegada de carbono da central e dos seus produtos.

Esses projetos incluem uma unidade de biocombustíveis com capacidade de produção de 270 mil toneladas por ano, em parceria com a Mitsui, e a instalação de 100MW de eletrolisadores para produção de hidrogénio verde, explica a Galp

"Estes projetos, dois dos maiores desta natureza, representam um investimento global de €650 milhões. Trata-se de um contributo significativo para a transformação e o crescimento do sector industrial em Portugal, colocando a Galp na vanguarda do desenvolvimento de soluções de baixo carbono imprescindíveis para assegurar a transição energética", diz Paula Amorim, presidente do Conselho de Administração da Galp, citada no comunicado.

Amorim salineta ainda a expectativa da empresa em relação à "evolução do enquadramento fiscal e regulatório em Portugal", de modo a que "não prejudique o sucesso destes projetos de grande dimensão, garantindo que as nossas operações industriais se mantenham competitivas a longo prazo num contexto global."

Prevê-se que as duas novas unidades comecem a operar até ao final de 2025. 

A produção e comercialização destes biocombustíveis "avançados" é feita numa parceria com a Mitsui  (75/25). A unidade adjacente à refinaria de Sines "produzirá diesel renovável (hydrotreated vegetable oil - HVO) e combustível sustentável para a aviação (Sustainable Aviation Fuel - SAF) a partir de resíduos usados, permitindo uma redução das emissões de gases com efeito estufa em cerca de 800 mil toneladas anuais (Scope 3, CO2e), comparativamente às alternativas fósseis disponíveis", pode ler-se no comunicado da Galp.

O investimento total nesta unidade industrial é estimado em cerca de €400 milhões, sendo operada pela Galp.

Já no caso da unidade de hidrogénio verde, com a capacidade de 100 MW de eletrolise, deverá produzir até 15 mil toneladas de hidrogénio renovável por ano. "A integração deste projeto de larga escala nas operações da refinaria de Sines permitirá a substituição de cerca de 20% do consumo atual de hidrogénio cinzento e poderá representar uma redução das emissões de gases com efeito estufa de aproximadamente 110 mil toneladas por ano (Scope 1 e 2, CO2e)", explica a Galp.

Os eletrolisadores serão alimentados a eletricidade renovável. Recorrendo a água industrial reciclada, estima-se que o consumo de água desta unidade represente menos de 3% do consumo médio anual da refinaria.

O investimento total neste projeto de hidrogénio verde é estimado em cerca de €250 milhões.

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