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França quer confiar unidade eólica da Alstom a empresa nacional

Caso a General Electrics consiga efectivar a compra da Alstom, poderá ter de vender o segmento das turbinas eólicas da Alstom ao grupo francês Areva. Em carta enviada ao presidente Hollande no final de Abril, a empresa americana já tinha mostrado abertura a esta hipótese.

Reuters
Negócios 09 de Maio de 2014 às 12:32
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O acordo entre a Alstom e a General Electrics (GE) surge agora com mais uma cláusula: o Governo de François Hollande poderá exigir à empresa americana, em caso de uma negociação bem sucedida, que venda o segmento das turbinas eólicas ao grupo francês Areva.

 

A notícia surge esta sexta-feira, 9 de Maio, no site do jornal “Les Echos”, dando conta que o Governo francês está a trabalhar para diminuir o impacto do desmantelamento da Alstom, depois da crítica do primeiro-ministro à proposta da GE. Uma dessas medidas passa por confiar o mercado eólico da Alstom à Areva.

 

Segundo explica o jornal francês, as negociações seriam facilitadas pela falta de entusiasmo do gigante americano no negócio da energia eólica. No final de Abril, o CEO Jeffrey Immelt, enviou uma carta a François Hollande onde dava conta da disponibilidade da GE para “considerar qualquer proposta de aquisição de investidores franceses para o sector eólico da Alstom”.

 

“Há interesse em ter um representante francês neste negócio”, justifica uma fonte do Governo citada pelo “Les Echos”. O grupo de energia nuclear Areva também se dedica ao segmento da energia eólica, sendo o principal concorrente da própria Alstom nos concursos para os parques eólicos no mar francês.

 

Segundo dados da Reuters, a Siemens representava mais de 60% do mercado eólico europeu no ano passado. A companhia alemã também mostrou interesse no ramo energético da Alstom, mas as negociações acabaram por se mostrar pouco profícuas. Ainda assim, François Hollande leva o tema em agenda para o encontro que terá a partir de hoje com Angela Merkel.

 

A GE ofereceu 17 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros) pela divisão de energia da Alstom. O grupo nuclear francês recusou de imediato, encontrando-se agora a rever a proposta que permitiria à empresa concentrar-se no negócio ferroviário.

 

Ontem, também a Toshiba demonstrou interesse pelo negócio de distribuição e gestão de redes eléctricas da Alstom, mas apenas em caso de victória da GE. À Reuters, um porta-voz do grupo americano deu conta de que não estão a decorrer conversações com a Toshiba, por não haver interesse da GE em desfazer-se do referido negócio.

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