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Fidelity reforça peso em Portugal com distribuição através de bancos
A gestora de fundos Fidelity quer reforçar o modelo de «third party» no mercado de fundos português, utilizando parcerias com as principais instituições bancárias para distribuir os seus fundos no mercado nacional.
A gestora de fundos Fidelity quer reforçar o modelo de «third party» no mercado de fundos português, utilizando parcerias com as principais instituições bancárias para distribuir os seus fundos no mercado nacional.
O sistema de «third party» consiste na disponibilização, por parte das entidades que comercializam fundos de investimento, de fundos que não sejam criados e geridos por si.
Os responsáveis da Fidelity acreditam que este sistema possa registar um forte crescimento nos próximos anos – passando os fundos «third party» a representar 30% do total de produtos disponibilizados pelas entidades distribuidoras – e é assim que pretendem reforçar a sua presença no mercado português, onde já têm alguns fundos disponibilizados pelo Banco Best.
Os responsáveis da gestora de fundos, a maior do mundo, defendem que desta forma quem sai beneficiado é sobretudo o cliente.
«As instituições não podem negar aos clientes o privilégio da escolha. Esperamos que em Portugal possamos alargar o leque de opções para os clientes», afirmou Rafael Febres-Cordero, responsável da Fidelity para os mercados de Itália, Espanha e Portugal, em conferência de imprensa.
Para já continuam a decorrer negociações com seis instituições bancárias para definir os moldes em que os produtos da Fidelity poderão ser comercializados, mas a empresa já tem em mente o tipo de produtos que poderá disponibilizar aos clientes portugueses.
A escolha principal, segundo Rafael Febres-Cordero, deverá recair nos «target funds», fundos em que o cliente, com um conselheiro, escolhe a maturidade que mais lhe convém para os seus objectivos de reforma. São fundos que à medida que se aproximam da maturidade vão tendo cada vez mais liquidez no «portfolio».
Planos de pensões interessam
Uma situação que interessaria à Fidelity, não só no mercado português mas no resto da Europa, seria a gestão de planos de pensões, tendo a empresa apresentado já junto de diversos reguladores europeus a sua disponibilidade para ajudar numa reforma do sistema de pensões, que enfrenta, no entender de Rafael Febres-Cordero, uma situação «insustentável».
Quanto à eventualidade de distribuir directamente os seus fundos em Portugal, a empresa rejeita essa situação devido sobretudo aos custos que acarretaria.
A Fidelity estará representada em Portugal por Pedro Ortigão Correia, que será o director de vendas no mercado nacional.